HOSPITAL GASTA 3 VEZES MAIS OXIGÊNIO
A demanda crescente por oxigênio líquido medicinal é um dos fatores mais preocupantes do agravamento da pandemia de covid-19 no país. Somente neste mês de março, a procura foi 56% maior em relação à 1ª quinzena de dezembro, segundo dados da maior produtora desse insumo no país. Os estados que apresentaram maior alta no consumo foram: Ceará, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais. No HNSC - Hospital Nossa Senhora da Conceição, por exemplo, em 2019, o consumo anual de oxigênio líquido foi de 6.042M3; só em março de 2020, o gasto foi de 6.990 M3; e o pior: no mês passado, o consumo triplicou: 20.468 M3. Como se não bastasse, os cilindros de oxigênio também tiveram uma alta preocupante: em dezembro/20, o consumo foi de 56; em março deste ano foi de 82.
Procurado pela reportagem GP, o novo e atuante diretor técnico da entidade, médico Cláudio Levi, disse que, até o momento, o HNSC está conseguindo repor o estoque, sem grandes dificuldades, devido à proximidade com Belo Horizonte, local onde os tanques são reabastecidos. Sempre que o tanque de oxigênio da Instituição chega à 30% de sua capacidade, a carga é completada sem demora. Mas isso não quer dizer que este cenário de reabastecimento continuará garantido. Para tanto, é preciso também que a população continue cumprindo todas as medidas restritivas na prevenção contra o coronavírus.