Após quase 6 meses sem fazer o teste de leishmaniose no CCZ - Centro de Controle de Zoonoses por falta de kits, a prefeitura anunciou que os receberá nos próximos dias e, além disso, será feita uma pesquisa de amostragem para levantar o número de cães com essa doença na cidade. A reportagem GP ouviu Gilmar Gonçalves dos Santos, referência técnica do Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral Canina, da Gerência Regional de Saúde. Fique por dentro.

“Na verdade isso nunca tinha acontecido antes. Ficamos praticamente 6 meses sem receber, do Ministério da Saúde, os testes de leishmaniose. Porém estamos retomando agora este serviço, de início, com a capacidade de atendimento reduzida comparada com a que tínhamos anteriormente como demanda mensal na nossa regional de Divinópolis/MG que são cinquenta e três municípios, dos quais quatorze são prioritários para nós em Pará de Minas. Felizmente nenhum destes municípios fazem parte da área de transmissão intensa, como é o caso de Belo Horizonte e Sabará/MG.

22 MIL CÃES - “Com os testes em mãos, iremos fazer uma pesquisa de amostragem em todos os bairros da cidade, onde serão testados 10% da população canina da cidade, que hoje é de 22 mil cães. Com essa pesquisa poderemos estimar a taxa de infecção real no município e em cada bairro, a partir daí poderemos fazer políticas específicas para o controle da leishmaniose. Até então essa pesquisa nunca havia sido feita aqui na cidade, o que fazíamos era a testagem dos cães levados até o CCZ e isso não nos dava um coeficiente de infecção real.”