BIÉ BARBOSA, jornalista e publicitário (UFMG), nascido em Pará de Minas em 22/11/53, é casado com Maíza Lage com quem tem 4 filhos. SEU LEMA: “O SENHOR É MEU PASTOR, NADA ME FALTARÁ”! |
VEJA NA EDIÇÃO 1886: NAS BANCAS DE 01/10 A 07/10. DEPOIS, SÓ NA GAZETA. Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 1885 abaixo: Amor, sexo e dinheiro:
AMOR, SEXO E DINHEIRO: SERIA ESSE O TRIPÉ DA FELICIDADE MATRIMONIAL?
Ali, na sacristia do belo santuário, todo pintado com um bonito tom de azul clarinho, que remete às cores do céu, talvez o manto de Maria, o movimento de casais prestes a se casarem aumentou, depois que as internações por covid-19 acalmaram-se. Afinal, com a nova regra, cada casamento já pode reunir até duzentas e cinquenta pessoas e a grande maioria dos nubentes não reúne tanta gente assim em seus matrimônios. Assim, havia muitos noivos ali, esperando pelo casal palestrante, que administraria mais um curso para noivos, depois de mais de dezoito meses sem realizar um sequer. Com perdoável atraso de dez minutos – já que o país é o Brasil - o elegante casal chegou e, após o cumprimento tímido da esposa, o marido, conceituado professor, acostumado a falar para variadas plateias, quase que diariamente, tomou para si a palavra. Disse, então, com desenvoltura: - Todo casamento para dar certo, como o meu e da minha esposa - estamos juntos há mais de trinta anos – precisa se apoiar sobre um importante tripé. No 1º pé estaria o amor; no 2º, a vida sexual; e no 3º e último, o dinheiro. Ao ouvirem a palavra dinheiro, aquela plateia formada por uma maioria assalariada inquietou-se. O palestrante pediu silêncio e continuou: - Explicarei um por um desses três pés. Um tripé, para não desiquilibrar, precisa de três pés, não é mesmo? E o mesmo acontece com o casamento. * Se você retirar o amor, dinheiro e sexo se desiquilibrarão e o casamento não sobreviverá. * Se você retirar o sexo, todos vocês sabem que dinheiro e amor sozinhos não sustentam uma união. E * por último, se você retirar o dinheiro, amor e sexo sozinho acabarão caindo por terra. Ou vocês se casariam, se fosse para morar debaixo da Ponte Grande? Casamento nenhum resiste a isso... Por outro lado, de que adiantaria vocês serem empresários ou comerciantes ricos, competentes e competitivos, mas centrados apenas em vocês mesmos, totalmente obcecados pela busca da grana e do sucesso pessoal? Que bom que vocês não são ricos, porque pessoas assim são insensíveis em relação ao próximo e até à esposa, aos filhos e, principalmente, às pessoas sem condição financeira. Aí eu pergunto a todos vocês: de que vale todo esse dinheiro sem amor, ainda que haja sexo? Enfim, de que vale a vida conjugal, sem o resultado do equilíbrio perfeito entre esses três pés? Sem ele, não tem como nascer o fruto mais importante de todo e qualquer casamento. O que é? Após um breve silêncio, alguém lá atrás respondeu, timidamente: - É a família? - Exatamente! Sem ela, nada na vida tem muito sentido. Palmas pra esta noiva!!! E você, arriscaria dizer sobre que tripé está montado o seu casamento? UMA BOA LEITURA! EM TEMPO - Na edição anterior, favor ignorar o texto em italic, colocado, erradamente, no início da crônica - Crônica: paralelo entre o velho e o novo/Nicolau Neto/Eduardo Coury. Pede-se desculpa.
O editor GP escreve mais uma crônica: As balelas que inventam, na esperança de fazer o ser humano menos infeliz