Selo GP - Rodrigo Roreli Laço
Fundação: Francisco Gabriel
Bié Barbosa
Alcance, credibilidade e
imparcialidade, desde 84
ANO 40
Nº 2010
11/03/2024


GRITO POPULAR
Bié Barbosa

Bié Barbosa

GRITO POPULAR
BIÉ BARBOSA, jornalista e publicitário (UFMG), nascido em Pará de Minas em 22/11/53, é casado com Maíza Lage com quem tem 4 filhos. SEU LEMA: “O SENHOR É MEU PASTOR, NADA ME FALTARÁ”!


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Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 1892 abaixo: 

A ALEGRIA DE TRABALHAR, DIARIAMENTE, COM O QUE, REALMENTE, SE GOSTA

Nesses trinta e sete anos, corridos em ambos os sentidos, até hoje não me sobrou tempo, para fazer algo que eu sempre sonho fazer, desde os meus trinta e poucos anos, depois que este GP Jornal foi fundado. Foi um ato corajoso - reconheço, sem falsa modéstia - uma vez que a população local, cuja maioria era formada por agropecuarista e trabalhadores em fábricas de tecelagem, não tinha ainda o bom hábito da leitura. Pior que isso, só mesmo se designarem como paraenses, como se tivessem nascido no estado do Pará. Natural daqui, só percebi esse erro, ao me ingressar no curso de jornalismo na U F M G - Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Um dia, após as aulas matutinas de sexta-feira, alguns colegas de sala me chamaram para tomar uma cervejinha, no dia seguinte, sábado de manhã, no sempre animado bar do D C E - Diretório Central dos Estudantes - onde todos mostravam a sua ira, em relação a ditatura militar, que estava no apogeu. Agradeci o convite dizendo:

- Infelizmente, não posso, porque vou pro Pará hoje à noite, de carona.

O mais esquerdista dos colegas brincou fingindo estranhamento, apontando o dedo indicador para o alto, sugerindo o norte do Brasil:

- Você é do Pará?

Daquele dia em diante, entendi que Pará era só o estado da federação e Pará de Minas, a minha cidade, e nunca mais cometi tal gafe. Nunca mais disse ou escrevi coisas, como: Aqui no Pará; estou no Pará; vou pro Pará; sou do Pará, etc.. Ao invés disso, passei a falar e escrever: aqui, em Pará de Minas; estar em Pará de Minas; vou para Pará de Minas; sou de Pará de Minas, etc..

Mas voltando ao assunto do sonho ainda não realizado, gostaria de ter um tempo, que ainda não tive, para ir passando, página por página, deste GP Jornal, desde a circulação de sua 1ª edição, em dez de novembro de 1984. Para tanto, além do arquivo online, temos feito, desde então, encadernações de todas as edições. Claro que, vez ou outra, preciso pesquisar alguma matéria veiculada anos atrás, quando acabo foleando algumas amareladas páginas desses arquivos. Nessas horas, o prazer que sinto é tão grande e intenso que atiça, ainda mais, o velho sonho de rever e reler a história de Pará de Minas registrada por esta GAZETA, semana após semana, onde também está inserida a minha própria história de vida. Afinal, cada matéria, cada foto vista me remete aos dias em que vivi tudo aquilo... Então hoje, nesta entrada do meu, do nosso jornal em seu Ano 38 peço a Deus para me abençoar com mais alguns anos de vida, para eu, após encerrar a minha atuação aqui, poder realizar esse velho sonho. No mais, obrigado demais a todos vocês, queridos leitores, anunciantes e patrocinadores por me permitirem realizar esse trabalho tão prazeroso! 

E você, tem também essa alegria de trabalhar com o que realmente se gosta?

UMA BOA LEITURA!



O editor GP escreve mais uma crônica: Redes sociais e veículos de comunicação: cada macaco no seu galho


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