BIÉ BARBOSA, jornalista e publicitário (UFMG), nascido em Pará de Minas em 22/11/53, é casado com Maíza Lage com quem tem 4 filhos. SEU LEMA: “O SENHOR É MEU PASTOR, NADA ME FALTARÁ”! |
* VOCÊ ENCONTRA A GAZETA NAS SEGUINTES PADARIAS: BARIRI (São José), CAFÉ COM LEITE (São Luiz) e FRANÇA (rua Direita); * MERCEARIA DONA BENTA (São José) * NAS BANCAS: FELIPE (em frente à EE Governador Valadares); FRANCISCO (em frente ao Santander); LEONARDO (praça das “bolas”) * E POSTO STOP SHOP (avenida Ovídio de Abreu).
Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 1933 abaixo:
A DIFERENÇA ENTRE A ESCRITA DE UM JORNAL E A, DE UM LIVRO
Pouco ou nada sei, hoje em dia, do que se passa dentro das faculdades de comunicação do Brasil, principalmente depois da obrigatoriedade do diploma de jornalismo. Porém, acabo ficando sabendo uma coisa aqui, outra ali e confesso que não são coisas boas. Tenho uma leve impressão de que as faculdades, cada vez mais, estão preparando seus alunos para fazer uma espécie de textos de literatura em jornal. Entretanto, o leitor moderno, além de querer notícias mais rápidas, querem matérias interpretativas. Mas, infelizmente, isso parece estar ficando ignorado, pela maioria da imprensa, não só de Pará de Minas, como no mundo inteiro. Não me esqueço, quando estava próxima a minha formatura em jornalismo, um fato que vivi com o meu saudoso professor Plínio Carneiro, que foi um dos fundadores da famosa Banda Mole, quando, durante o carnaval, os homens invadiam as ruas e avenidas de Belo Horizonte, vestidos de mulheres. Era uma farra! Mas voltando ao assunto, o professor Plínio me disse, passando pelo corredor do 8º andar da antiga Fafich, na rua Carangola, bairro Santo Antônio:
- E aí, Gabriel, formatura aproximando-se, não é? Agora, que você já aprendeu muita coisa sobre redação, sociologia, psicologia, filosofia, economia e política, prepare-se para escrever para os burros!
Levei tanto susto com o que ele me disse que fiquei bloqueado, sem nenhuma reação. Depois, com o tempo, após trabalhar quase 10 anos em publicidade, em Belo Horizonte, e, em seguida, comecei o meu trabalho aqui, no GP Jornal, comecei a entender o recado que ele havia me dado. Ou seja, entre os leitores de jornal há pessoas mais intelectuais e outras, menos. Você nunca sabe, exatamente, a maneira como cada um deles irá interpretar o texto que você escreveu. Então, mais do que nunca, é necessário colocar o meu texto à altura média dos leitores, sem nunca se esquecer dos preconceitos e limitações deles. Talvez por isso, para compensar, muitos jornalistas acabam sendo escritores, também. Afinal, nos livros, há a garantia de ser lido apenas por um público literato.
E você, sabe distinguir um texto jornalístico de um, de literatura?
UMA BOA LEITURA!
O editor GP escreve mais uma crônica: A IMPORTÂNCIA DE SER VALORIZADO, DESDE A MAIS TENRA IDADE