Selo GP - Rodrigo Roreli Laço
Fundação: Francisco Gabriel
Bié Barbosa
Alcance, credibilidade e
imparcialidade, desde 84
ANO 41
Nº 2047
21/11/2024


GENTE PENSANTE
Bié Barbosa

Bié Barbosa


GENTE PENSANTE 
BIÉ BARBOSA, jornalista e publicitário (UFMG), nascido em Pará de Minas em 22/11/53, é casado com Maíza Lage com quem tem 4 filhos. SEU LEMA: “O SENHOR É MEU PASTOR, NADA ME FALTARÁ”!


* VOCÊ ENCONTRA A GAZETA NAS SEGUINTES PADARIAS: BARIRI (São José), CAFÉ COM LEITE (São Luiz) e FRANÇA (rua Direita); * MERCEARIA DONA BENTA (São José) * NAS BANCAS: FELIPE (em frente à EE Governador Valadares); FRANCISCO (em frente ao Santander); LEONARDO (praça das “bolas”) * E POSTO STOP SHOP (avenida Ovídio de Abreu). 

Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 1941 abaixo: 

E POR FALAR EM MACHISMO E FEMINISMO, TEMA DO GRANDE PAPO, DE ONTEM

Em uma casa centenária, que pertenceu, tempos atrás, a um famoso cafeicultor daquela fria região, o dentista chegou com a sua esposa, arquiteta. Foram muito bem recebidos e festejados e não poderia ser diferente, já que eram compadres, no tempo em que eles ainda moravam na capital. A sede daquela grande fazenda foi herança recebida pelo casal anfitrião, após a morte do pai dela, com quase 100 anos. Diante disso, os dois deixaram para trás os seus trabalhos públicos, para dar continuidade à plantação de café do pai e sogro. Por sinal, profissão bem mais sustentável que os bons empregos juntos, de ambos. Na época, levaram também os dois filhos, mas que hoje, anos depois, já fazem cursos superiores, em uma daquelas cidades paulistas. Mais tarde, à beira do grande fogão à lenha, os dois casais conversavam assuntos variados. Lá pelas tantas, depois de tomarem alguns drinques, a mulher visitante, do nada, começou a falar coisas desagradáveis sobre o marido:

- Este aí é incapaz de lavar, sequer, uma xícara que usa. Nunca estendeu a nossa cama...

A anfitriã fez contraponto, enquanto colocava a mão direita sobre a perna esquerda do marido:

- Nesse quesito eu não tenho nada a reclamar do fulano. Acho até que aqui as coisas acontecem ao contrário, já que ele faz muito mais coisas neste casarão do que eu.

A visitante fuzilou o marido com seus olhos verdes, ao cobrar dele, novamente:

- Está vendo, cicrano? Aproveita que você está aqui, para aprender algumas coisas boas, com o fulano.

Nesta hora, o marido dela deu uma resposta meio áspera:

- A beltrana vive dizendo que eu deveria ser menos machista, porque, vocês sabem, ela é terrivelmente feminista... Faz as coisas, mas sempre reclama de tudo que está fazendo. Melhor seria se não fizesse nada... Haja lamúria!

O ponderado anfitrião tentou acalmar o calor da conversa:

- Vi alguém dizendo em um podcast que o pior machismo é aquele que existe dentro de cada mãe ao criar os filhos homens dando tudo em suas mãos. E pior: continuam agindo do mesmo jeito, quando eles já estão adultos e até independentes. Entretanto, com os maridos agem diferentemente. Ou seja, ficam exigindo coisas deles que tiveram esse mesmo tipo de educação machista, que elas, agora, estão dando aos filhos. Se é para mudar, as mães têm de começar a dar uma educação mais feminista aos seus filhos, fazendo-os participar da organização e limpeza do lar. Exatamente como elas fazem com as filhas. Na minha casa, por exemplo, minha mãe criou as filhas e os filhos, de uma mesma maneira - não machista. Ou seja, eu sou assim, por causa do jeito que me criou e não porque minha esposa estaria cobrando de mim. Afinal, tudo começa pela educação, não é mesmo?

E você, como vê esta eterna discussão de machismo e feminismo?

UMA BOA LEITURA!



O editor GP escreve mais uma crônica: COMO FAZER, PARA ENFRENTARMOS A NOSSA PRÓPRIA ESCURIDÃO?


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