BIÉ BARBOSA, jornalista e publicitário (UFMG), nascido em Pará de Minas em 22/11/53, é casado com Maíza Lage com quem tem 4 filhos. SEU LEMA: “O SENHOR É MEU PASTOR, NADA ME FALTARÁ”!

* VOCÊ ENCONTRA A GAZETA NAS SEGUINTES PADARIAS: BARIRI (São José), CAFÉ COM LEITE (São Luiz) e FRANÇA (rua Direita); * MERCEARIA DONA BENTA (São José) * NAS BANCAS: FELIPE (em frente à EE Governador Valadares); FRANCISCO (em frente ao Santander); LEONARDO (praça das “bolas”) * E POSTO STOP SHOP (avenida Ovídio de Abreu).

Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 1942 abaixo:

AS NOITES MAIS ESCURAS PRODUZEM AS ESTRELAS MAIS BRILHANTES

Para todo mundo que procurava aquela mulher simples e trabalhadora, para lhe confortar ou dar alguma contribuição, ela dizia sempre a mesma coisa:

- Estava no plano, de Deus! Está tudo bem, era pra mim!

Ela e suas duas filhas não cansavam de falar bem do prefeito, uma vez que a secretaria de assistência social tinha recolhido o mobiliário que havia restado do desabamento da casa dela e as levado, juntamente com muitos donativos, para uma casa bem melhor que a, destruída pelas águas. Ali, ela e sua família poderiam residir por 6 meses, quando o contrato gratuito poderia ser renovado por um novo semestre. Como diarista, ela dizia que nem precisava de todas aquelas cestas básicas, vindas de pessoas que ficaram sabendo que a casa dela veio ao chão, com as duas filhas lá dentro. Quando tudo aconteceu, ela estava dentro da igreja, orando e agradecendo, por mais um dia vencido. Fazia isso, todo dia, antes de chegar em casa. Parecia até que tinha sido um milagre e, na vila onde ela residia, essa ideia se propagou como um buscapé. Diziam:

- Que explicação pode haver para que as filhas dela, de 4 e 12 anos estarem dentro da casa e não terem morrido, a não ser um milagre?

A menor foi protegida por uma madeira que caiu do teto e ela ficou exatamente debaixo dela. A, maior correu e escondeu-se debaixo da cama. Foi um custo retirá-la de lá, mas ela saiu com vida e ambas com pouquíssimos arranhões. Diziam outros:

- Foi milagre, sim, porque a mãe estava rezando na igreja, bem na hora!

A partir do momento em que aquela família começou a residir na casa oferecida, temporariamente, pela prefeitura, as três começaram a ter acompanhamento psicológico, também por parte do Executivo. Certo dia, uma psicóloga perguntou para aquela mãe como ela estava se sentindo e que ela gostaria que ela abrisse o seu coração e falasse tudo, desde o início. Aquela sofrida mulher sorriu e respondeu:

- Olha, sei que você, como todas as outras pessoas com quem eu já conversei, também não vai acreditar, mas eu glorifico ao Senhor, meu Deus, por tudo que Ele fez e faz na minha vida! Estamos aqui de passagem e isso estava no plano Dele pra mim! Portanto, está tudo certo. Quando eu cheguei lá, em casa, já tinha anoitecido e as minhas filhas me abraçaram chorando. Eu também chorei, porque não sou de ferro, mas olhei para o alto, onde havia, antes, o meu teto, e agora era apenas um céu aberto, cheio de estrelas, eu falei, em voz alta: A tempestade levou o nosso telhado, mas nós ganhamos um céu todo estrelado!

E você, também tem uma fé assim, inabalável?

UMA BOA LEITURA!

O editor GP escreve mais uma crônica: NO DIA 1º DE JANEIRO, OCUPARÁ A CADEIRA MAIS IMPORTANTE DO PAÍS QUEM VOCÊ QUERIA VER SENTADO LÁ?