BIÉ BARBOSA, jornalista e publicitário (UFMG), nascido em Pará de Minas em 22/11/53, é casado com Maíza Lage com quem tem 4 filhos. SEU LEMA: “O SENHOR É MEU PASTOR, NADA ME FALTARÁ”! |
* VOCÊ ENCONTRA A GAZETA NAS SEGUINTES PADARIAS: BARIRI (São José), CAFÉ COM LEITE (São Luiz) e FRANÇA (rua Direita); * MERCEARIA DONA BENTA (São José) * NAS BANCAS: FELIPE (em frente à EE Governador Valadares); FRANCISCO (em frente ao Santander); LEONARDO (praça das “bolas”) * E POSTO STOP SHOP (avenida Ovídio de Abreu).
Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 1980:
INFELICIDADE E TRISTEZA QUEREM DIZER A MESMA COISA?
Após o triste sepultamento de pessoa tão jovem e, ainda morta de maneira tão repentina e trágica, seus familiares combinaram de continuar juntos, no sítio da família, naquele triste fim de semana. Visivelmente destruídos, com os olhos nos buracos e um cansaço infernal nos corpos, principalmente nas pernas, eles chegaram calados, no belo sítio, como se o velório continuasse. Uma diarista foi contratada, porque ali ninguém tinha o menor ânimo de enfrentar uma cozinha, para preparar um almoço, por mais simples que ele fosse. Quando o 1º deles disse que precisava tomar uma ducha, para tentar recolocar o seu corpo em ordem, quase todos falaram a mesma coisa:
- Eu também!!!
Um deles ligou o aparelho de tv, buscando algo para se distrair a mente. Alguns sentaram-se na sala e assistiram a um programa besteirol, como se o espírito do Chacrinha tivesse voltado, encarnado em um novo apresentador de programa televisivo. Na varanda da frente, alguns outros sentaram-se, ouvindo uma playlist de músicas clássicas bem suaves. Na varanda do fundo, onde havia duas redes, um dos dois genros apagou, soltando alguns roncos, vez por outra. O outro, na 2ª rede, estava com os olhos estatelados nas enlodadas telhas, acima de sua cabeça. Como a rede dele estava parada, a sogra de ambos levantou-se, aproximou-se dela e a balançou, levemente. Ele abaixou os olhos, suspirou fundo e agradeceu:
- Obrigado!
Nessa hora, a sogra perguntou para o genro:
- Você parece tão infeliz, como eu...
Ele ouviu aquilo e ficou pensando, buscando uma resposta que não vinha. Depois de um certo tempo, respondeu:
- A palavra exata do que sinto não é infelicidade...
Ela perguntou:
- Que palavra seria, então?
- Infeliz é o oposto de feliz e têm a ver com coisas que acontecem dentro de mim e eu sou feliz, todo dia, desde a hora que eu me desperto e vejo que fui premiado por Deus, com mais um dia de vida! O outro sentimento tem a ver com as coisas que acontecem fora de mim e chama-se tristeza e é exatamente como estou: extremamente triste, que é o oposto da alegria. É isso: estou muito triste - não infeliz - de ter perdido um grande amigo...
E você, concordo com essa diferenciação entre felicidade e tristeza?
UMA BOA LEITURA!
O editor GP escreve mais uma crônica ONDE ALOJA-SE A ÚLTIMA INSTÂNCIA DO EMOCIONAL?