BIÉ BARBOSA, jornalista e publicitário (UFMG), nascido em Pará de Minas em 22/11/53, é casado com Maíza Lage com quem tem 4 filhos. SEU LEMA: “O SENHOR É MEU PASTOR, NADA ME FALTARÁ”!

* VOCÊ ENCONTRA A GAZETA NAS SEGUINTES PADARIAS: BARIRI (São José), CAFÉ COM LEITE (São Luiz) e FRANÇA (rua Direita); * MERCEARIA DONA BENTA (São José) * NAS BANCAS: FELIPE (em frente à EE Governador Valadares); FRANCISCO (em frente ao Santander); LEONARDO (praça das “bolas”) * E POSTO STOP SHOP (avenida Ovídio de Abreu).

Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 1989:

O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM O COMÉRCIO DA CIDADE, EM GERAL?

Na grande mesa do aconchegante bar, recém-inaugurado, com pratos mais

finos e, obviamente, mais caros, quatro empresários, acompanhados de suas botozadas esposas, encontraram-se, para mais uma relaxante noite de sexta-feira, para desopilar os seus fígados. Ali, entre amigos, eles podem falar, sem reservas, sobre tudo que estão vivendo, seja na vida profissional ou pessoal. Naquela noite, falou, primeiramente, o mais sério dos quatro:

- Sextou, gente, munca vi um mercado tão difícil, como agora! Putz! E olha que não estou falando só da minha área, mas de quase todas as outras.

O empresário de óculos concordou:

- Verdade! Neste momento, as lojas físicas estão enfrentando esse concorrente gigantesco chamado lojas virtuais e não vejo saída, para inibí-las. Nesta semana, por exemplo, uma moça entrou na minha loja e perguntou sobre um determinado produto. A minha melhor atendente deu um banho de informações sobre o produto, pra ela. Aí, ela, mal, mal, agradeceu as informações recebidas, dizendo que iria comprar pela internet, que ela só estava fazendo uma comparação antes de comprar, porque ela já havia pesquisado e o preço deles estava bem melhor, além de parcelado em dez vezes, sem um centavo de aumento.

Nessa hora, falou uma das esposas dos empresários, que, também, tem uma loja:

- Tenho vivido, diariamente, coisa igual. Fico com raiva, porque eles podiam, pelo menos, tentar negociar com a gente... Sabe a impressão que esses clientes me dão? Que eles querem apenas é debochar da nossa cara e agredir a forma de trabalhar de nossas lojas.

Quem falou, em seguida, foi um empresário, que hoje faz parte da direção de uma nova entidade de comerciantes:

- O pior de tudo é que, ao comprar na internet, eles deixam de valorizar o comércio físico local, que é quem fortalece a economia da nossa cidade! Dinheiro jogado na internet vai pra fora daqui e não favorece, em nada, o comércio local!

Aí quem falou foi outra mulher, uma renomada empresária da cidade:

- É, pessoal! Tem de acontecer alguma coisa, urgentemente, para que essa questão mude, antes que seja tarde demais... Esse novo comércio tem me preocupado um pouco, para não dizer muiiito! Mas há outro que também está me preocupando. Vocês já repararam como as lojas comerciais instaladas na área central da cidade fecharam ou estão fechando, o tempo todo? Pior que isso: fazendo surgir no lugar delas grandes lojas, quase sempre chinesas, com produtos baratinhos, tipo a dez e vinte reais, mas sem a menor qualidade...

E você tem observado essa triste mutação no comércio da cidade?

UMA BOA LEITURA!

O editor GP escreve mais uma crônica: ABRA BEM OS OLHOS PARA ESSA FALCATRUA CHAMADA SEGUIDORES IRREAIS