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Cão atropelado recebe nome inusitado - 28/05/2010

A reportagem GP tomou conhecimento de uma história um tanto quanto inusitada, quando um cão foi atropelado em Belo Horizonte/MG, nas imediações do apartamento da pará-minense Raisa Lage. Como ela passava pelo local naquele instante, a sensível e conhecida artista plástica parou para socorrer o animal, ato que despertou em outros transeuntes o mesmo sentimento de solidariedade. Graças a ela, esse cachorro hoje se encontra totalmente recuperado e até ganhou um novo dono, o jovem empresário Paulo Augusto Teixeira Duarte, (Itaquímica), em Pará de Minas. Em sua casa, Paulo recebeu a reportagem GP, quando contou tudo sobre essa comovente história. Vale a pena conferir os melhores momentos desta entrevista. O ACIDENTE - “Um dia, fui a um evento na Casa de Cultura, onde também estava a Raisa que eu ainda não conhecia. Fomos apresentados e ela me contou sobre o acidente do cão que havia ficado com uma de suas patas literalmente destruída, além de um osso exposto. Além da Raisa, algumas mulheres decidiram então levar o cachorro para uma clínica veterinária, onde ele permaneceu durante um mês aproximadamente sendo custeado por elas. Mas ele estava muito fraco: não comia nada e ainda estava com diarreia”. A ADOÇÃO - “Depois, Raisa me disse que precisava arrumar alguém para ficar com ele, mas que ela estava tendo dificuldades, já que grande parte dos belo-horizontinos residem em apartamentos e ele é muito grande. Expus para ela que eu já tinha tido um cachorro e que não queria ter outro nunca mais. Mas como conheço muitas pessoas que têm sítios, me prontifiquei a tentar arrumar um novo dono para ele aqui em Pará de Minas. Mas já havia uma campanha na internet, feita por uma amiga de Raisa, para sua adoção. A campanha tinha textos, fotos, vídeo e tudo mais... (risos). A partir daí, começamos a fazer contatos e, como ele já estava recuperado e eu sabia que ela estava tendo gastos com a clínica, falei que ela poderia deixar o cachorro na minha casa durante um tempo, até eu arrumar alguém para ficar com ele. Raisa, então, trouxe o cachorro para cá. E não é que ele chegou em minha casa em um Táxi Dog (risos), algo que eu jamais tinha visto na minha vida. Dentro do carro, o motorista da clínica, a Raisa e o cachorro que chegou super nervoso. Fui brincar com ele e ele avançou em mim. Foi o motorista da clínica que acabou me aproximando um pouco do cachorro e me passou todas as informações de como cuidar dele. Eles foram embora e eu fui trabalhar, mas aí surgiu um grande problema: só cheguei em casa tarde da noite, depois das aulas. Como eu iria entrar na minha casa com todas as luzes apagadas e com um cachorro daquele tamanho lá, super nervoso? Simplesmente fiquei do lado de fora, das 23H até uma hora. Cada vez que eu tentava falar com ele mais alto ele latia. Achei que nunca mais entraria dentro da minha própria casa (risos). Mas depois, com muito custo, consegui entrar. A cada dia, fui tendo mais e mais cuidados com ele. O tempo foi passando e eu comecei a tomar amor por ele. Tudo que eu falava, ele obedecia. Ele é muito esperto. Foi quando concluí que ele era o cachorro que eu sempre quis ter. A partir daí, nunca mais toquei no assunto de arrumar um novo dono para ele. Hoje, levo-o ao veterinário e trato dele como se fosse uma criança. Ele virou a minha atual paixão e não vai mais embora desta casa. Nunca mais! Onde quer que eu vá, sempre o levo comigo, seja para passear e até mesmo para fazer exercícios físicos”. O RETORNO - “Até hoje, a Raisa sempre me liga para saber como ele está. Enfim, com essa história ganhei uma nova amiga e um verdadeiro cão de guarda que acabou se tornando um membro da minha família”. O NOME – “Durante o tratamento, lá em Belo Horizonte, a Raisa e as mulheres que o socorreram pensaram em colocar um nome nele. Como ela havia sido acidentado na avenida Afonso Pena e elas não tinham a menor ideia de como era seu nome, decidiram que o nome dele deveria ser Afonso. Hoje em dia, as pessoas que já ficaram sabendo da história de sua adoção sempre me encontram vão logo perguntando: Como vai o Afonso”? (riso).

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