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Crime da Vale destrói Brumadinho - 07/03/2019

O deputado estadual Inácio Franco participou da sanção da lei 23.291, de 2019, que institui a Política Estadual de Segurança de Barragens, que determina a erradicação das barragens construídas pelo método de alteamento à montante, em Minas Gerais. A nova lei é derivada do projeto de lei 3.676/16, de autoria da Comissão Extraordinária das Barragens, aprovado pela ALMG - Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em 22 de fevereiro de 2019. O requerimento foi aprovado em reunião da Comissão de Agropecuária e Agroindústria da ALMG, no dia 26 de fevereiro. A reportagem GP conversou com Inácio. Confira.

“Essa lei já havia sido discutida, há dois anos, mas as mineradoras brigaram e não deixaram aprovar. Porém, com essas tragédias (de Mariana/MG e Brumadinho/MG) tivemos que votar e o governador já sancionou, proibindo todas as barragens à montante, restringindo suas construções, em determinados lugares. Minas saiu na frente, já que em nenhum Estado existem regras definidas sobre essas barragens,” explica Inácio.

COMO ESTÁ BRUMADINHO? - “Recebemos na assembléia o prefeito de Brumadinho (Antônio Brandão), que contou que a economia do município acabou, uma vez que a Vale paralisou seus trabalhos lá, além de quatro outras mineradoras que foram fechadas pelo Ministério Público. Existem seiscentos caminhões transportadores de minério, contratados pela Vale e pelas outras mineradoras, que agora estão parados. Casas de peças pararam de vender, hotéis pararam de receber hóspedes e, consequentemente, o comércio do município paralisou. Até que tudo se adéqüe, os municípios que vivem de minérios vão sofrer, bem como o Estado e o país, porque a paralisação da Vale afeta a economia de Minas inteira.”

E OS PRODUTORES RURAIS? - Inácio Franco, que é vice-presidente da Comissão de Agropecuária e Agroindústria da assembleia, é autor de um requerimento que trata de encaminhamento de um ofício ao Banco do Brasil, para solicitar providências para prorrogar, por doze meses, o prazo do pagamento das dívidas dos produtores rurais atingidos pelos efeitos do desastre de Brumadinho, na bacia do rio Paraopeba, incluindo os de  Pará de Minas. Isso, porque o insumo subiu muito e o preço do suíno caiu, recentemente.

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