A cada dia que passa, artistas nacionais buscam uma forma diferente de mostrar a história do grande artista pará-minense, Benjamin de Oliveira. A vida do 1º palhaço negro do Brasil já se tornou temas de livros, de samba-enredo, de peças de teatro e agora conseguiu com que sua terra natal recebesse o Festival Mundial de Circo, realizado na semana passada, tanto em Belo Horizonte como Pará de Minas. Agora o mais famoso clown brasileiro (palhaço em inglês, termo usado em todo o mundo) irá para as telonas, fazendo com que a história de Benjamin se torne filme a nível nacional. Considerado um artista completo e não apenas um palhaço, Benjamin vem arrancando aplausos de inúmeros artistas de várias vertentes, por todo o país. Uma dessas apaixonadas pela história do palhaço é a renomada dramaturga carioca Karen Acioly, responsável pela idéia de levar Benjamin para o cinema, além de ser a responsável de apresentar uma ópera e um auto de natal onde o palhaço aparecia.
Guardada a 7 chaves, a ideia do filme ainda não foi divulgada pela mídia nacional, mas a reportagem GP saiu na frente e conseguiu uma reportagem exclusiva com Karen Acioly. Surpresa com descoberta feita pela GAZETA, ela resolveu falar com total exclusividade sobre o assunto para o jornal da terra natal de Benjamin. Vale a pena conferir.
A DESCOBERTA - “Tudo começou em 1998, quando ganhei uma bolsa de estudos na extinta RioArte para pesquisar a dramaturgia no picadeiro. Minha ideia era a de pesquisar histórias de amor e de circo. Cheguei na escola nacional e, como não havia muitas referências em livros, comecei a fazer várias entrevistas com os professores mais velhos, quando quase todos mencionaram Benjamin de Oliveira. Assim, cheguei em Alice Viveiros de Castro que me deu a verdadeira noção de sua importância. Ao acabar a monografia da pesquisa, escrevi a opereta A Excêntrica Família Silva que tratava da chegada do circo no Brasil e da descoberta do 1º palhaço negro brasileiro, o Benjamin. Mas antes da opereta escrevi também uma peça que contava um pouco da chegada do carnaval ao Brasil. O nome da peça era Viva o Zé Pereira e Benjamin de Oliveira era o palhaço cançonetista narrador da história. Logo depois da peça estava apaixonada pela história dele e não me conformava com a ideia de que poucas pessoas soubessem dela. Daí, comecei a escrever o roteiro do filme. Agora, com o roteiro pronto, o filme está naquela fase de maturação, aguardando a captação de recursos”.
O FILME - “O que posso adiantar é que o filme se passa, em grande parte, na infância e adolescência de Benjamin. Quanto a atores, teremos que abrir testes para determinarmos o elenco. Mas na sua fase mais madura será o ator Flávio Bauraqui, o mesmo ator que o representou no teatro. Será uma ficção, repleta de cançonetas, em clima de aventura clown. Não será completamente biográfico; tive a liberdade de me inspirar em sua vida e voar para além da história real, mas existem os pontos históricos que servem como referência para toda a história, como o nome patafufo, por exemplo... Tenho muita vontade de conhecer Pará de Minas, onde nosso querido Beijo nasceu. Quase fui aí há duas semanas atrás, quando estava participando do FIT – Festival Internacional do Teatro, em Belo Horizonte/MG (convite feito pelo repórter GP, Lafayette Teixeira). Mas, infelizmente, não teve como sair de lá. Desde então, não saiu mais da minha cabeça conhecer Patafufo/Pará de Minas (é assim que ela se refere