Dando sequência ao projeto Guardas no Museu, a Guarda de Moçambique de Nossa Senhora do Rosário se apresentou ali, como sempre, num domingo de manhã. Antes da apresentação, houve uma roda de conversa onde os presentes puderam trocar conhecimentos e o grupo falou sobre os detalhes, gestos e rituais dessas cantigas e danças criadas pelos negros. São cantos alegres e lamentados, sons marcantes de tambores e instrumentos exóticos, além das cores fortes que fascinam os olhares de todos. Presente ao evento, a reportagem GP quis saber um pouco mais sobre essa cultura que hoje é considerada uma das danças religiosas mais conhecidas do país. A diretora do museu, Ana Maria Campos, deu uma verdadeira aula sobre essa rica história. Não deixe de ler.
“Os moçambiqueiros fazem parte da grande família da Congada que é um dos tipos de manifestação dessa família. Todo esse ritual folclórico se originou no Século XVIII, aqui em Minas Gerais, sendo que o 1º registro da manifestação foi em 1705. Um padre jesuíta registrou em sua obra de 1711 que desde 1705 ele já assistia essa manifestação com os escravos coroando reis em grupos de devoção