Convidado para expor na 261ª Mostra GP, nos meses de maio e junho, o artista Mário Augusto Pelegrini (foto no detalhe), 68, falou para a reportagem GP sobre as suas pinturas e desenhos, que já estão expostos na sede do GP Jornal, na rua Alferes Esteves, 54, Centro. Confira.
“Eu sou natural de São Paulo/SP e nos casos das gravuras geométricas eu fazia no papel, mas demorava cerca de quinze a vinte dias para realizar apenas uma e a cor não saía sempre igual. Aí, quando me mudei para Pará de Minas, há nove anos, depois de dois anos morando aqui, lembrei que no computador tem aquele programa Paint e comecei a fazer gravuras geométricas nele, já que no digital há muito mais variedades de cores. Hoje, já tenho mais de cem mil gravuras digitais. Comecei a fazer gravuras geométricas também com programas que eu compro e vou criando. Como tenho tempo de sobra, me aventurei em pintar também em acrílicos, madeiras, azulejos, vidros e lonas. Já tenho, aproximadamente, cem quadros. Como eu não sei desenhar, chamo minhas pinturas de rabiscos modernos. Fizeram uma reportagem, há alguns anos, sobre as minhas artes para o jornal O Tempo, quando a repórter Lígia Kalil comparou as minhas artes com a de um mestre holandês Piet Mondrian, que eu nunca tinha ouvido falar, pois não estudei História de Arte. Só que ela disse que a minha era diferente da dele, pois ele usava cores básicas e, como eu faço no computador, a minha é mais diversificada e colorida.”
AS PESSOAS GOSTAM? - “Já expus na Escola de Artes - Sica, mas vendo mais pela internet. Já vendi quadros para o saudoso senador Romeu Tuma. É claro que, como toda arte, tem gente que gosta e gente que não gosta. A beleza de uma obra está nos olhos e no coração de quem vê. A maioria das pessoas gosta dos meus quadros. Quem não gosta mesmo não faz nenhum comentário. Sempre posto na internet, eles gostam e alguns até me compram. Essa é, praticamente, a única forma que eu vendo e o valor varia de noventa a duzentos e cinquenta reais.”