Fundador: Francisco Gabriel Bié Barbosa

O editor GP escreve mais uma crônica: As separações, em geral, são repentinas ou vão acontecendo aos poucos?

VEJA NA EDIÇÃO 1815: NAS BANCAS DE 15/05 A 21/05.

Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 1814: 

Não perca tempo comparando o que você tem com quem tem mais que você

Foi forte o suspiro que aquele homem, empresário bem apresentado e de sucesso, deu, ao entrar no consultório do conceituado médico homeopata, que não deixou por menos e o questionou:

- O que está fazendo você tão infeliz assim?

O novo cliente assustou-se e respondeu à queima-roupa, com outra pergunta:

- Assim como?

- Você nem percebeu como foi profundo o suspiro que você deu ao entrar aqui? Temos de estar sempre atentos aos sinais dados pelo nosso corpo. Mas mudarei a minha a pergunta: O que traz você aqui?

- Na verdade, antes de chegar aqui, passei por tudo quanto é exame da alopatia. Médicos alopatas me viraram de cabeça pra baixo, mas não acharam nada. Aí, um deles me falou em doenças psicossomáticas e me indicou o seu nome para um tratamento homeopático. Não acredito muito, vou adiantar, mas vim tentar...

O homeopata colocou o novo cliente em seu devido lugar:

- Ainda bem que a opinião do cliente nunca altera o resultado dos meus tratamentos que, felizmente, são quase 100% eficazes. Pode me dizer o que você está sentindo?

- Sinto-me bastante infeliz e não há motivo para isso, pois a minha empresa é do ramo alimentício e nunca esteve tão bem, por causa do coronavírus. Minha mulher é boa esposa, ótima mãe e eu não tenho queixas, mas, do nada, o meu coração apertou... Conversei com o meu melhor amigo, ri-quís-si-mo, e ele me disse para tomar cuidado com depressão...

Atento, aquele médico, após perceber o cliente citar a palavra riquíssimo, com tanta ênfase, ponderou:

- Sabia que a infelicidade do ser humano muitas vezes reside na palavra comparação. Ninguém consegue, ser feliz se ficar comparando o que tem com quem tem mais que ele. Quando eu era jovem, por exemplo, e ficava sonhando ter o que algum amigo meu tinha e eu não e minha mãe sempre me puxava para trás, dizendo: Olhe para trás e veja quantas pessoas desejariam ter o que você tem, mas não tem. E ela, dona de casa, sem estudos, me ensinou, muito antes de todos os meus estudos, o óbvio: foque no seu umbigo e caminhe, vivendo a vida que está reservada para você apenas!

E você, acha que as comparações realmente levam às frustrações? Uma boa leitura!