Alívio geral! A Organização Mundial da Saúde anuncia que a pandemia da Grupe Suína (vírus H1N1) já terminou. Agora, esse tipo de gripe pode ocorrer, mas será parecida com as gripes comuns. Tudo isso, porque grande parte da população já está imunizada e não há massa crítica para o alastramento do mal na forma mortal apresentada inicialmente. No século XX, o mundo conviveu com 3 pandemias. A 1ª foi a Gripe Espanhola, em 1918/19 e que matou 30 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 300 mil delas no Brasil (que na época somava 24 milhões de habitantes). Entre os brasileiros mortos, estava o presidente eleito da República, Rodrigues Alves, que nem chegou a assumir o posto. Em 1957/58, fomos atingidos pela 2ª pandemia, a Gripe Asiática que provocou 1 milhão de mortes em todo o mundo; e, em 1968, foi a vez da Gripe Hong-Kong que também deixou um passivo de 1 milhão de vítimas. A Gripe Espanhola registrou letalidade de 2,5% dos infectados e as duas outras (Asiática e Hong-Kong) não passaram de 0,5%, índice também considerado alto se comparado com a gripe sazonal, onde apenas 0,001% vão ao óbito. Uma das razões dessa baixa de índice letal, mesmo na pandemia, é a eficiência das medidas profiláticas. No Brasil, a Gripe Suína provocou 2.051 mortes em 2009 e 95, no 1º semestre de 2010, de uma população de 192 milhões de habitantes (estimada pelo IBGE). Número infinitamente menor se cotejado com os índices da Grupe Espanhola, ocorrida há 90 anos. Os procedimentos de imunização, sem qualquer dúvida, diminuem os níveis de letalidade das pandemias. Mas a população não costuma colaborar e isso é histórico. O próprio presidente Rodrigues Alves, morto pela Gripe Espanhola, em seu 1º mandato presidencial (1902/1906) enfrentou a Revolta da Vacina, onde a população se recusava a receber a vacina contra a varíola. Vacinar sempre deixou uma interrogação junto ao povo. Embora o Brasil tenha resultados marcantes – como a vacinação anti-poliomielite, que eliminou a doença - as pessoas ainda fogem da vacina, exigindo o esforço do governo e das autoridades em campanhas de esclarecimento público. Na Gripe Suína, agora dominada graças