Desta vez, a GAZETA abriu espaço na Mostra GP para a cultura africana, apresentando duas máscaras gigantes que, de uma forma ou outra, lembra um pouco aquele povo. As duas das 8 máscaras produzidas pelo artista plástico pará-minense Edward Moreira foram confeccionadas juntamente com os alunos do ensino fundamental do Colégio Passos, onde o artista ministra aulas de artes. Em conversa com a reportagem GP, Edward contou um pouco sobre essa idéia.
“Essas máscaras são o resultado de um projeto que está sendo desenvolvido na escola este ano, sobre a diversidade cultural entre os povos. A ideia das mascaras afro-brasileiras partiram de uma pesquisa sobre a cultura africana. Para ser ecologicamente correto, usamos uma técnica de papel reciclado. É uma técnica francesa, onde se enche um balão e vai colando fragmentos de papéis para se formar uma camada e depois modelar. A modelagem foi realizada pelos alunos. Na Mostra GP, temos duas máscaras representativas. A com as cores em preto e branco representa a áfrica negra; já a outra representa a parte branca que teve influencia dos povos árabes, mulçumanos, entre outros. O processo de pintura também envolveu intensamente os alunos. Além das tintas, foram usados também materiais emborrachados, areia, cds, purpurina em grãos, entre outros materiais. Todo esse trabalho reuniu alunos de diversas idades, incluindo crianças de dois anos de idade que também participaram do trabalho com suas intervenções abstratas que chamamos de efeitos especiais do grafismo”, avalia Edward.