Esqueçam as convicções. Não seja libertino nem conservador. Esqueça as teorias progressistas ou ortodoxas que pautam sua consciência. Desnude-se dos conceitos e preconceitos, sejam quais forem. Raciocinem, apenas, com a cabeça de uma criança abandonada, moradora de um abrigo qualquer e responda:
- Você é a favor ou contra a adoção de crianças por casal formado por pessoas do mesmo sexo?
Sem surpresa nenhuma, pesquisa da Folha de São Paulo diz que a maioria dos brasileiros é contra. O que me intriga neste caso não é o resultado, pois ele é óbvio numa sociedade ainda tão atrasada e com mania de responder sem pensar. O ponto da questão é: Por que tanta gente se acha no direito de enfiar o bedelho na vida de uma criança abandonada? E por que é que tanta gente entende que um casal formado por pessoas portadora de órgãos genitais iguais seja incapaz de resgatar uma vida? E sob o ponto de vista do menino abandonado? É melhor viver em abrigo até crescer um pouco e ser jogado de volta