aos meses de setembro e outubro, a artista Esther Vieira Magalhães Queiroga, 21, conversou com a reportagem GP sobre os seus trabalhos, que já estão expostos e abertos à visitação, na sede do GP Jornal, na rua Alferes Esteves, 54, Centro. Veja.
“Acredito que o meu 1º contato com o ato artístico foi quando minha avó me deu um brinquedo chamado Quadro Mágico. Eu tinha 1 ano e, desde aquele dia, nunca mais parei de desenhar. Desenhar, pintar e produzir criações sempre foi algo que me trouxe questionamentos e fez-me comunicar com um lugar exclusivamente meu. Penso que este é, e sempre foi, o grande motivo da minha ligação com a arte, pois estar conectada ao meu interior criativo e reproduzir, materializar a minha visão interna e externa de mundos é aquilo que me faz ser, estar e viver! Além disso, ao meu ver, toda arte é um ato político, é uma forma de opinar, de romper e de resistir. E mais do que nunca, em momentos como esses, a arte é uma arma poderosa,” politiza Esther.
GOSTA MAIS DE QUÊ? - “Eu sempre tive muito gosto de desenhar pessoas reais ou fictícias. Mas, além delas, hoje gosto muito de criar realidades, fora das mundanas, como seres e paisagens diferentes. Além disso, faço desenhos realistas tradicionais e digitais em diversos tamanhos que são os mais pedidos por encomendas. Gosto também de pintar quadros e, desde que ingressei na faculdade de Belas Artes da UFMG, onde curso Cinema de Animação e Artes Digitais, tenho trabalhado em animações digitais. Dessa forma, os desenhos tradicionais são feitos por meio de lápis, em várias durezas, e papeis de gramatura profissional.”
É MUITO DIFÍCIL? - “Produzir um trabalho, seja desenho ou pintura, digital ou tradicional, leva tempo. Os tradicionais, dependendo do tamanho, podem levar até uma semana para serem concluídos. Acho legal pontuar, que embora o desafiador possa ser a dificuldade do trabalho proposto, a condição psicológica é a essência do que faz a produção. Em muitos momentos em que não me sinto tão bem, desenhar parece impossível, quando é comum ter a impressão de que desaprendi a desenhar. É algo curioso, mas muito comum e real. E é interessante pensar como cheguei até aqui e como vou aprimorar, cada vez mais, a habilidade artística. Na infância, fiz aulas de desenho na Escola de Artes Sica, durante algum tempo. Lembro-me que a minha turma na escola era de adultos e aquilo me deixava um pouco desconfortável, mas tive muito aprendizado ali, pelo mesmo motivo. Alguns anos depois, tive aulas com a professora Ana Galvão, mas, por questões financeiras, não pude continuar. Para desenvolver mais, busquei aprendizado no youtube, uma rede mais completa, mas não tão confiável. Aprender coisas novas é sempre algo muito difícil e, muitas vezes, frustrante. A maioria das pessoas acredita que é tudo fruto de um dom divino, mas eu não compartilho da mesma ideia. A habilidade artística é fruto de anos de estudo, de dedicação e muito trabalho. É um retrato de todo o investimento em aulas e materiais, com frustrações e acerto. No mais, o retorno já foi mais positivo. Nesses momentos de pandemia, a demanda pelos trabalhos está muito reduzida e não é muito fácil para quem trabalha com artes.”
FALE DAS ENCOMENDAS - “Atualmente, trabalho com a venda dos meus desenhos realistas ou não e outros trabalhos, como pintura em telas e desenhos digitais para tatuagem ou não. Eles são feitos por encomenda e todos os detalhes são combinados com o cliente. Adquirir trabalhos artísticos, seja para presentear alguém ou a você mesmo, é sempre uma experiência muito bacana, pois além de ser feito tudo exatamente como é desejado, com a arte vem toda uma história e uma realidade bem diferentes do que comumente acontece na indústria. Com ela, vem o carinho do trabalho manual e a originalidade. E ver aqueles que encomendam sorrindo ao ver a peça artística torna esse retorno uma troca de benefícios, ajuda e experiências.”
* Veja mais na página @esthermagart, no instagram. Contato pelo whatsApp 9 98757507 ou e-mail: [email protected]