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Tudo sobre a falência de uma grande empresa aérea - 10/09/2010

A GAZETA conheceu um piloto pará-minense que fez parte de uma das maiores empresas de linhas aéreas do Brasil. Trata-se de Thales Menezes, 39, que trabalhou como piloto de linha aérea da Varig durante 8 anos, onde viu de perto a super estruturação de uma grande empresa nacional. Porém, no ano de 2006, essa empresa faliu, quando Thales foi um dos 80% dos funcionários demitidos. Ele, então, aproveitou o momento para transformar a experiência em tema de seu trabalho de conclusão do curso MBA - Executivo de Gestão Empresarial. No último dia 20, Thales, que hoje é piloto da Tam, apresentou sua monografia perante uma banca examinadora formada por João Bosco Silva, diretor da Mega Cursos profissionalizantes da Universidade Cesumar, por Marcos Aurélio Santos, diretor da Escola Estadual Fernando Otávio, e pelo inspetor Ailton José Ferreira, vice-diretor da Escola Municipal Professora Amélia Guimarães - Caic. Após a apresentação, a reportagem GP conversou com o aluno que contou um pouco dessa história. Confira. A FALÊNCIA - “A história da Varig é algo muito interessante. Trabalhei nessa empresa de 1998 a 2006. Me lembro muito da dedicação que os funcionários tiveram até o ultimo instante, ao longo do processo de recuperação da empresa que, infelizmente, teve consequências ruins, já que houve demissão em massa, como resultado da chamada recuperação judicial da empresa. Através do trabalho de pesquisas que fiz durante 6 meses consegui mostrar nesse trabalho que de recuperação não houve nada. O que houve foi uma segmentação da empresa em duas empresas extintas, a Varig nova, que da empresa original só manteve o nome, uma vez que ela foi administrada pela Gol, e a Varig velha que mantinha apenas um avião. Ou seja, inviável de continuar produzindo. Esse foi o lamentável resultado da operação judicial. De positivo, eu só tirei a experiência profissional, quando tive a oportunidade de trabalhar em uma excelente empresa por 8 anos. Fui demitido pela Varig em agosto de 2006 e já no mês de novembro fui contratado pela Tam. Por causa da minha experiência, não tive dificuldade de ser recolocado no mercado. Hoje sou piloto da Tam, onde trabalho há 4 anos e já estou, novamente, na rota internacional.”. O CURSO - “Desde quando me tornei piloto de linha área, tive vontade fazer um curso de graduação. Mas era inviável, por causa da minha escola de vôo que era muito irregular. Tentei em várias universidades e todas eram muito exigentes em termos de carga horária, pois exigiam 75% de presença física nas aulas. Recentemente surgiu essa oportunidade do módulo dessa disciplina que eu poderia fazer com maior flexibilidade, com horários que eu mesmo definiria. Matriculei-me, fiz o curso e agora concluo com a apresentação da monografia que teve como tema o processo de recuperação judicial da Varig e suas conseqüências. Uma das curiosidades ao longo desse curso é que minha escala mudava com muita frequência e, como atualmente trabalho com linhas internacionais, pedi algumas folgas para fazer provas específicas on line. Tive de fazer provas em um hotel de Londres/Inglaterra, em Paris/França e em Manaus/Amazonas. Felizmente, deu tudo certo”. PARÁ DE MINAS - “Tenho um vínculo muito forte com Pará de Minas, apesar dos meus constantes voos. O meu 1º vôo, inclusive, aconteceu em 1992, no aeroclube de Pará de Minas; minha 1ª carteira de piloto privado foi tirada aqui. Costumo dizer que não há nada como o lugar onde nos sentimos em casa. Como piloto, tive a oportunidade de conhecer diversos países do mundo e de morar em lugares como em Dubai/Mirados Arábes e Estados Unidos, mas só me sinto em casa aqui. Minha residência fixa é em Belo Horizonte. Sinto-me bem quando estou aqui, onde encontro com meus amigos, caminho no Parque do Bariri, saio

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