Grande parte dos pará-minenses pode não saber, mas Pará de Minas também é destaque na aviação nacional e o grande responsável por isso é o aeroclube de Pará de Minas que agora se prepara para alçar vôos mais altos e se projetar também no cenário internacional. Isso, porque está sendo elaborado no Brasil a 1ª aeronave acrobática brasileira (CEA 309 MEHARI) que deverá participar do próximo Campeonato Mundial de Corrida Aérea. Um dos grandes responsáveis por esse projeto pioneiro é o pará-minense Ivan Resende Leitão, 30 , diretor presidente do aeroclube de Pará de Minas, que atualmente reside em Belo Horizonte, onde trabalha no Centro de Estudos Aeronáuticos da UFMG. Procurado pela reportagem GP, Ivan explicou que o aeroclube patafufo aparece como parceiro no projeto, ao lado de marcas conhecidas como a Toyota, Banco Mercantil do Brasil e UFMG. Vale a pena conferir.
O PROJETO - “A corrida aérea, no caso especifico, é um esporte em que os pilotos participantes procuram percorrer o circuito no menor tempo possível. Em que pese haver uma manobra acrobática, o meio cubano, não se trata realmente de acrobacias aéreas. O foco é velocidade, o que difere do objetivo proposto para o projeto CEA 309 Mehari. O projetista do Mehari, o professor Paulo Iscold, é consultor da equipe campeã da Red Bull. É ele e seus alunos quem desenvolveram um sistema que faz a leitura dos voos do piloto para otimizar e ter o melhor trajeto a ser percorrido dentro do circuito em estudo. Não temos um objetivo específico sobre a corrida. Queremos ser reconhecidos internacionalmente pelos resultados do avião. Logicamente, isso deve chamar a atenção da RB Air Race, como tem acontecido com o professor Paulo. Aliás, falando em reconhecimento internacional, uma grande revista americana ligada ao assunto, a Sport Aviation, dedicou 3 páginas ao nosso projeto. Depois disso, temos recebidos vários contatos para dar detalhes do projeto e de futuras demonstrações aéreas no exterior”. O
O CAMPEONATO – “Criado em 2003, o Red Bull Air Race é o único campeonato mundial de corrida de aviões reconhecido pela Fai - Federação Aeronáutica Internacional. O certame já visitou mais de 15 países, desde a sua criação, incluindo o Brasil, em 2007, quando a 2ª etapa da temporada aconteceu no Rio de Janeiro/RJ, diante de um público de um milhão de pessoas, na praia de Botafogo. 15 pilotos disputam a temporada, voando em etapas como Abu Dhabi, Budapeste e San Diego. Os pilotos voam contra o relógio em um circuito especialmente montado com Air Gates, pilões infláveis que demarcam o traçado. Em 2009, o inglês Paul Bonhomme sagrou-se campeão mundial pela 1ª vez.
A AERONAVE - “Trata-se da 1ª aeronave acrobática brasileira, da classe ilimitada, O Mehari tem como principal meta estar entre os 5 primeiros aviões acrobáticos do mundo em performance. Atualmente, está entre os 12. É um projeto especial pois tem como diferencial o fato de atender aos requisitos de manobras da mais alta categoria da acrobacia aérea, a classe ilimitada com custos de operação 40% mais baixos. Isso significa que, dentro de um orçamento para treinamentos para campeonatos, o Mehari possibilitará voar 60% a mais. Voando mais, maiores são as chances de resultados”.
PARÁ DE MINAS - “A equipe do aeroclube de Pará de Minas está se preparando para levar a aeronave aos campeonatos mundiais. Em abril último, veio ao Brasil o tricampeão mundial e piloto de testes da fábrica russa Sukhoi, Nikolay Timofeev, para conhecer o projeto e treinar o piloto de testes do Mehari, Marcos Geraldi, que é instrutor de Acrobacia Aérea do Aeroclube Pará de Minas. Após a visita do coach e com as boas impressões, decidimos antecipar os planos para participar dos campeonatos, começando pelo Nacional dos Estados Unidos. Para isso, estão sendo substituídas as asas por outra de fibra de carbono - graças aos nossos parceiros, em especial o Banco Mercantil do Brasil - para que o avião fique mais leve e, portanto, mais ágil. Com essa modificação, esperamos deixá-lo entre os 5 primeiros do mundo, em performance. O aeroclube é um dos parceiros que provê