A quebra ilegal de sigilo fiscal e de outras informações, de repente, passou a polarizar a campanha eleitoral. Em vez de usar o tempo para dizer aos eleitores as razões para neles votar, os candidatos desaguaram na discussão sobre quem entrou (e por quê?) nas informações contidas sobre seus adversários, em bancos de dados públicos. Os oposicionistas colocam-se como vítimas e tentam atribuir culpa aos situacionistas e estes fazem praticamente o mesmo. Todos desperdiçam o valioso tempo da campanha com a troca de imputações e até de ofensas. Se houve a quebra ilegal do sigilo – seja lá de quem for - isso não é tema para campanha eleitoral. É caso de administração, polícia e justiça. Os administradores dos sistemas violados têm o dever de promover a mais rigorosa apuração e proporcionar as facilidades para que a polícia e o Ministério Público identifiquem os responsáveis pelos supostos crimes e os denunciem