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20/12/2024


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“Não quero que nenhum pai passe pelo que eu passei com o meu filho” - 01/10/2010

O sonho de todo garoto amante do futebol é se tornar um grande ídolo e ir jogar fora do país. Para tentar realizar esse estrelato, os garotos entram para as escolinhas de futebol, onde participam de campeonatos, na esperança de, algum dia, ser descobertos por algum olheiro do mundo da bola. Mas, muitas das vezes, as escolas de futebol não têm uma estrutura adequada para receber esses futuros atletas como aconteceu com o garoto Mateus Felipe, 15, há cerca de 20 dias. Passado o susto, o pai dele, Renato Marques, contou tudo para a reportagem GP. Não deixe de ler. O ACIDENTE - “O Mateus começou a treinar com 6 anos de idade, na Escolinha de Futebol Society do Vilense, onde ficou por 4 anos. Com 10 anos, ele foi treinar na escolinha da AABB, depois foi para o Paraense, e depois para o Guarani, onde não se adaptou ao time e ao técnico. Passou também pelo Cruzeirinho e, há um ano e meio, está de volta ao Paraense. Ali, meu filho estava jogando um campeonato, no campo do Paraense, contra o time do Guarani, quando, na linha de fundo, o zagueiro adversário deu uma entrada mais dura no meu filho, com uma força desproporcional. Não sei se por maldade, mas ele jogou o meu filho contra o alambrado, causando um corte grande em sua testa”. O SOCORRO – “Quase nunca vou aos jogos, mas, naquele domingo estava no campo... Na hora em que ele caiu, entrei no campo correndo para socorrer o meu filho... Mas o árbrito não queria me deixar entrar para socorrer o meu filho... Felizmente, outro torcedor também entrou em campo e me ajudou a estancar o sangue com uma camisa, porque no campo não tinha uma toalha sequer ou uma maca para socorrer o meu filho. Eles queriam esperar uma ambulância, mas como estava sangrando muito, peguei o meu filho e o levei direto para o Pronto Atendimento, onde ele recebeu 15 pontos externos e 10 internos. Para atestar que não havia acontecido nada de mais grave, levei meu filho para fazer uma tomografia. Graças a Deus, o resultado do exame mostrou que ele não corre nenhum risco”. O ALERTA – “Diante disso, gostaria de fazer um alerta, através da GAZETA, para todos os pais tomarem mais cuidado e exigirem mais segurança para seus filhos nas escolinhas em que eles treinam. Temos que exigir mais cuidados, mesmos que isso nos gere mais despesas. Meu filho já passou por muitas escolinhas e nenhuma delas pediu exame mais específico a ele, só o atestado médico. Acho que quando um filho for entrar para uma escolinha os pais devem procurar conhecer o treinador. Infelizmente, só paramos para pensar sobre essas coisas, quando algo acontece com a gente. Hoje, meu filho já está bom. Só terá que ficar mais uns dias de repouso. Com o fim do repouso, ele vai voltar a treinar e a jogar bola pelo Paraense. Já conversei com o presidente do clube e, juntos, vamos fazer algumas modificações para dar mais segurança a todos os seus atletas. Nossos filhos saem quase todos os fins de semana para jogar em outras cidades e raramente nós, os pais, os acompanhamos. E se acontecer uma coisa fora da cidade, quem será responsabilizado? O que eu passei no Paraense eu não quero que nenhum pai passe”.

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