E QUEM BANCARÁ AS SEQUELAS DEIXADAS PELA COVID?
Como coordenador da Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa, o deputado federal Eduardo Barbosa participou da 1ª audiência pública do plano de trabalho do Grupo de Trabalho, para acompanhamento e monitoramento da vacinação dessa população. * O deputado patafufo questionou sobre a diferença entre grupos etários vacinados nas diversas cidades do país. Para ele, a disparidade entre municípios fere o princípio da equidade. Representantes dos secretários estaduais e municipais de saúde informaram que as decisões sobre a destinação das vacinas são locais, sempre obedecendo os critérios do Plano Nacional de Vacinação e o Ministério da Saúde reforçou que orienta os entes federados a seguirem a ordem dos grupos prioritários. Eduardo também levantou a questão do pós-covid, que causa sequelas em muitos pacientes, alertando que o sistema de saúde precisa estar preparado para atender a essas pessoas também. * Por sua vez, a coordenadora geral do PNI - Programa Nacional de Imunização, Franciele Fantinato, confirmou que o governo federal já está distribuindo, nos próximos dias, 3,6 milhões de doses da vacina produzida pela Fundação Oswaldo Cruz e 2,3 milhões de doses do imunizante do Instituto Butantan. Ela salientou que a idade é um fator preponderante para o agravamento da doença e os maiores de 70 anos têm 3 vezes mais chance de enfrentarem complicações e até morrerem. Franciele reconhece que a situação da vacinação ainda será difícil, neste 1º semestre. * Já o pesquisador e membro do Comitê de Saúde da Pessoa Idosa da Fiocruz, Daniel Groisman, apontou a necessidade de imunizar idosos que têm dificuldade de sair de casa ou com limitação na capacidade funcional. Ele chamou atenção também para a urgência da vacinação de cuidadores formais e informais. Outro agravante, segundo Groisman, é a faixa etária dos próprios cuidadores e suas condições de saúde. * O gerente geral de medicamentos da Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Gustavo Mendes, classificou como fundamental o acompanhamento do surgimento de variantes e dos efeitos dos imunizantes em populações específicas, como os maiores de 60 anos. * O secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, declarou que o governo está fazendo esforços para antecipar a chegada de vacinas e que já conseguiu o adiantamento de 2 milhões de doses com a farmacêutica Pfizer. Ele disse que essa estratégia inclui também negociar com países, onde a imunização esteja mais adiantada para trocar prazos de recebimento das doses.