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273ª MOSTRA GP: ILUSTRAÇÕES - 20/01/2022

Convidado para expor suas belas ilustrações na 273ª Mostra GP, na recepção do GP Jornal, que fica na rua Alferes Esteves, 54, Centro, nos meses de janeiro e fevereiro, esta coluna cultural conversou, desta vez, com o designer gráfico e ilustrador Frances Silva Lopes, 28, natural de Divinópolis/MG, mas residente em Pará de Minas, há aproximadamente dez anos. Frances, filho de Carlos Alberto da Silva e Irene Francisca Lopes, é casado com Caio César Nunes Franco. Veja o que ele disse.

“* Eu comecei a fazer arte muito novo, sob a influência do meu pai, que é um desenhista realista aposentado, e também por meio de desenhos animados, pois sempre fui muito fã de anime. Como meu pai também sempre gostou, ele acabou passando pra mim esse hábito de ver anime, desenhos, seriados, essas coisas. Lembro-me, também, que, quando eu era bem pequeno, eu ia na casa de uma tia, todo fim de ano, onde havia muitos quadros de paisagens. Eu adorava ficar sentado de frente para aqueles quadros e ficar pensando qual era a intenção do artista e como ele conseguiu chegar naquele resultado. Acho que foi, a partir daí que a arte entrou na minha vida. * Eu me inspirava muito no meu pai, mas, ao invés de aprender com ele, aprendi sozinho, pois, apesar de ele já ser aposentado, ele não chegou a trabalhar muito com desenho; desenhava mais por hobby. Mesmo assim, eu pedia que ele me ensinasse e ele dizia que, infelizmente, não tinha tempo, mas que era para eu ir tentando e que eu conseguiria. A partir daí, comecei a tentar, a procurar, mas não vivi sempre no mundo da arte, pois tive, também, os meus altos e baixos. Depois, me desviei um pouco do desenho... voltei, desviei... e voltei de novo, agora pra ficar, pois era isso mesmo que eu gostava e queria. * O tipo de arte que eu faço são ilustrações, que exploram o lado feminino, criativo e fantasioso. Procuro fugir muito da realidade, pelo simples fato de já estarmos vivendo ela e o meu objetivo é levar fantasia, imaginação, explorando o potencial comunicativo da ilustração. O meu tipo de arte extrapola os limites da imaginação e eu trabalho muitos materiais e cores. * Eu me lembro que a 1ª arte que fiz com empenho foi na escola, na 4ª série. Tínhamos que ler um livro e fazer, depois, uma ilustração. O personagem tocava arpa e eu desenhei, no meu caderno, num dia, e no outro, inteiro, fiquei colorindo. Depois de pronto, achei tão bonito, tão fiel àquilo que eu havia lido. Foi a partir daí que eu percebi que desenho era pra mim, pois combinava comigo. * Há três artistas que eu me inspiro muito - Hykyoouri, Heikala e Margaret Morales - pois eles trabalham com o potencial comunicativo de suas ilustrações, que é o que eu busco nas minhas também. Dentre os três, as duas mulheres - Heikala e Margaret Morales -são as minhas ídolas, porque, por meio de uma simples imagem elas são capazes de contar toda uma história, passar todo o conceito que elas botaram ali. Isso, sem falar no exímio das cores, das formas, do traçado e da composição. Os trabalhos delas, para mim, são mágicos. * Quando eu voltei a ilustrar, na pandemia, postei num antigo instagram que eu tinha, uma ilustração que me rendeu muitas curtidas e seguidores. O engajamento dela foi muito bom e as pessoas queriam comprar essa arte, que era um Pokémon. Esse universo da arte é muito extenso, com tanta gente procurando ver aquilo que elas gostam. * Depois dessa postagem, percebi que eu conseguiria destaque nisso. Minhas artes sempre se destacam e uma delas está com uma repercussão muito boa e espero que continue assim. * Atualmente, a profissão de ilustrador e designer gráfico está legal, boa,  crescendo muito. Estou tendo muita procura de outros artistas, que dar conselhos, pessoas admirando o meu trabalho e clientes. Tenho conversado com algumas marcas, numa possibilidade de parceria, planos para este ano. Minha carreira vai muito bem e só tenho a agradecer. * Conversando com outros colegas, a gente que está na rede, divulgando nosso trabalho, percebe que, depois da pandemia, a arte, ao invés de cair, aumentou. Muitas pessoas começaram a fazer arte, a admirar, a entender. Num período tão tenebroso assim, eu costumo dizer que a arte ajudou a salvar. * Meus planos futuros incluem me formar como designer gráfico, para, depois, usar a minha arte aplicada em produto, mas isso ainda é um projeto. Mas quero agarrar firme nas ilustrações, fazendo ilustração em livros, buscar alguns projetos e parcerias com outros artistas, fortalecendo o meio. Afinal, a arte, além de ajudar, é também uma válvula de escape para várias coisas. E eu quero usá-la, de uma forma mais ampla do que somente um quadro pendurado na parede, mas aplicado a um produto,” vislumbra Frances.

* Conheça mais sobre o trabalho dele, no instagram @lopes_fr.


O designer gráfico e ilustrador Frances Lopes: “Procuro fugir muito da realidade, pelo simples fato de já estarmos vivendo ela e o meu objetivo é levar fantasia, imaginação, explorando o potencial comunicativo da ilustração”

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