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ANO 41
Nº 2047
21/11/2024


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GENTE PENSANTE - 16/09/2022

* VOCÊ ENCONTRA A GAZETA NAS SEGUINTES PADARIAS: BARIRI (São José), CAFÉ COM LEITE (São Luiz) e FRANÇA (rua Direita); * MERCEARIA DONA BENTA (São José) * NAS BANCAS: FELIPE (em frente à EE Governador Valadares); FRANCISCO (em frente ao Santander); LEONARDO (praça das “bolas”) * E POSTO STOP SHOP (avenida Ovídio de Abreu).

Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 1932 abaixo: 

QUANDO UM NÃO QUER, DOIS NÃO BRIGAM

Não havia lugar mais impróprio para acontecer uma discussão de casal: durante o sepultamento de um homem simples, com um pouco mais de 50 anos que, 14 anos antes, por causa de uma briga, levou uma foiçada na cabeça, tornando-se mais um afastado do trabalho, pela Previdência. O caixão dele foi colocado em uma vala comum, quando dois coveiros começaram a jogar terra seca e poeirenta, fazendo triste ruídos. O cunhado do falecido falou para o amigo, ao seu lado:

- A gente não vale nada mesmo. Olha só isso!

O amigo respondeu:

- Somos terra e a ela voltaremos.

Entre as pessoas do lugarejo que ali estavam havia um casal da cidade, profissionais renomados. Não se sabe o que aquele marido disse para a esposa, mas deve ter sido algo grave, pois ela, literalmente, perdeu a razão. Falou alto, aos berros, enquanto fazia um gesto com a mão direita sobre o pescoço, como se fosse uma facada:

- Eu estou por aqui com suas rabugices. Não aguento mais!!!

Saiu daquele pequeno cemitério, batendo os pés. Dias depois, por conselho da mãe dela, os dois começaram a fazer uma terapia de casal. Quando chegaram no conhecido consultório, o homem comentou com a esposa:

- Por mim, a gente não estaria aqui. Bobagem pura! Isso não vai dar em nada!

Ela foi, mais uma vez, resumida e grossa:

- Cala esta boca!

Nessa hora, abriu a grande porta e surgiu a psicanalista, dizendo:

- Fulana e Cicrano, vamos entrar, por favor!

Eles entraram e se assentaram na poltrona namoradeira, verde cheguei. A profissional perguntou:

- Quem vai me dizer, primeiramente, sobre o motivo de vocês estarem aqui?

Os dois começaram a falar juntos, argumentando motivos diferentes.

A psicanalista interviu:

- Um de cada vez, por favor. Vamos começar por você que é mulher. Tudo bem?

Quando a esposa começou a falar, disparou a apontar defeitos no marido. Ele, por sua vez, ao invés de se defender começou a enumerar os defeitos dela. Não havia clima para chegarem a um acordo a pelo menos um ponto qualquer em comum, entre os dois. Percebendo aquilo, a profissional pediu a palavra:

- Era uma vez, um burro e uma mula amarrados pelos pescoços por uma corda. Do lado esquerdo havia uma moita de capim e do lado direito, outra. Cada uma foi para um lado, mas o tamanho da corda que os prendia um ao outro não permitia que eles alcançassem as suculentas moitas de capim. Ficaram dias assim, até concluir, um dia, já cansados de tanto brigarem, que eles deviam ir, juntos, comer uma moita e, depois, a outra...

E você, tem visto casais brigões por aí?

UMA BOA LEITURA!



O editor GP escreve mais uma crônica: A DIFERENÇA ENTRE A ESCRITA DE UM JORNAL E A, DE UM LIVRO


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