Já está exposta na sede do GP Jornal a 278ª MOSTRA GP, desta vez com quadros do artista plástico, natural de Governador Valadares/MG, Wandercy Correa Stein (pronuncia-se Stain), 85. A reportagem GP conversou com ele, em sua residência em Pará de Minas. Confira.

“A arte entrou na minha vida no tempo de escola, quando, desde criança, eu ficava observando os desenhos dos livros e copiando. Por sorte, tive uma professora que aproveitou um pouco de mim, mas me ajudou também, porque ela me colocava pra fazer os desenhos de mapas e outras coisas. Daí, foi me abrindo a curiosidade e tudo que eu via, seja paisagem ou fotografia dos personagens importantes, eu ficava copiando. Eu tinha um colega de escola, que estava trabalhando em uma empresa vendendo aqueles retratos antigos. Hoje em dia, quase não vemos isso mais e, certa vez, ele perguntou porque eu não tentava uma vaga naquela empresa também, para trabalhar como pintor de retratos. Eu concordei e ele me apresentou na firma. Aí, eles me aplicaram um teste, eu passei e comecei a trabalhar pintando retratos. Como eu era muito ágil, fui considerado o pintor de retratos mais rápido do Brasil, eu fazia vinte retratos por dia; ou seja, quatrocentos por mês, de 2ª feira a 6ª. Assim foi a minha vida, até que eu conheci um professor de artes, um excelente artista impressionista, e passei a estudar com ele. Ele me incentivava muito e na turma de alunos só tinha gente importante, como médicos, advogados, etc.. O professor me elogiava muito e, quando ele faleceu, os outros alunos me elegeram para ser o substituto dele. Eu ainda trabalhava na empresa de retratos, mas era o suficiente para sobreviver com o básico. Naquela época, era muito difícil viver de arte. Com o passar do tempo, mudei para Belo Horizonte onde pude expor em diferentes locais,” relembra Stein, como ele é mais conhecido. 

FALE DAS OBRAS - “As peças que emprestei para a Mostra GP são todas no estilo impressionista. Ou seja, tudo criação, abstrato e arte criativa. Na nossa vivência de artista, qualquer coisa que a gente enxerga é, muitas vezes, uma tela. Entretanto, não menos vezes, as pessoas não conseguem enxergar o que o artista quer transmitir.”

ALGO MAIS? - “* Como faremos essa exposição, de novembro a dezembro, gostaria de convidar aos leitores da GAZETA, para fazerem uma visita na sede do jornal. Inclusive, se quiserem, podem até criticar o meu trabalho. Afinal, é bom a gente ser criticado, pois, assim, poderemos melhorar.” * Como me mudei há pouco tempo para Pará de Minas, gostaria de conhecer mais artistas locais também. * Por fim, aproveito para agradecer à GAZETA por este espaço.”

Os quadros expostos na sede do GP Jornal e o artista plástico valadarense, Wandercy Stein: “Na nossa vivência de artista, qualquer coisa que a gente enxerga é, muitas vezes, uma tela. Entretanto, não menos vezes, as pessoas não conseguem enxergar o que o artista quer transmitir”