* VOCÊ ENCONTRA A GAZETA NAS SEGUINTES PADARIAS: BARIRI (São José), CAFÉ COM LEITE (São Luiz) e FRANÇA (rua Direita); * MERCEARIA DONA BENTA (São José) * NAS BANCAS: FELIPE (em frente à EE Governador Valadares); FRANCISCO (em frente ao Santander); LEONARDO (praça das “bolas”) * E POSTO STOP SHOP (avenida Ovídio de Abreu).
Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 1985:COMO DÓI A PARTIDA DE ALGUÉM DE TÃO POUCA FALA, MAS DE TÃO GRANDIOSAS AÇÕES
Nos dias posteriores à perda de uma pessoa, pela qual a gente tem uma grande afeição, nossa mente parece não descansar... É como se um filme, com os melhores momentos sendo projetados em nossa mente, sem parar. Aí, a gente se lembra daquela pessoa, participando de nossa vida pessoal e profissional, por meio de momentos tão bons e afetivos, sem faltar alguns puxões de orelha que os grandes amigos fazem, sem nada temer. Disse-me ele, certa vez:
- Você pega assuntos comentados na cozinha da casa da gente e os torna públicos. Está na hora de você aprender a separar vida pessoal da, profissional...
Como esquecer agora uma pessoa que era, sempre, a 1ª a chegar em sua casa, lares de parentes ou em velórios, quando você perdia alguém. Em uma dessas doloridas despedidas, eu, com a minha gigantesca dificuldade de ver pessoas mortas, me posicionei, como sempre faço, longe da sala, onde fica a urna. Ele aproximou-se de mim e me perguntou, cheio de dedos:
- Você não irá lá, para se despedir?
Ao responder que não, ele argumentou:
- Você precisa entender que o velório foi a melhor forma que a maioria das pessoas encontrou, para suavizar esse momento tão doloroso...
Não conseguiu me convencer. Quando a esposa dele partiu, de forma tão abrupta e triste, eu, como sempre só cheguei lá, perto da hora do enterro, deletando o velório. Ao me ver, ele me abraçou, forte e fraternal, suspirou fundo e me disse:
- Ah, meu amigo, por essa eu não esperava...
Tempos depois, estávamos sozinhos eu e minha esposa, aguardando a noite da virada de ano, em uma pequena chácara, quando ele bateu à porta, nos surpreendendo com a sua sempre querida presença. Passado o rèveillon, fizemos, os três, uma saudável caminhada matutina, no 1º dia do ano, e foi, no mínimo, engraçado, quando ele perguntou:
- Vocês dois gostam de roça?
Eu respondi:
- Adoramos! Tivemos um mesmo tipo de criação. Por quê? Você não
gosta?
- Não! Eu gosto é de shoppings (risos).
Mais adiante, ele virou-se para a minha esposa e disse após eu ter me posicionado sobre um assunto polêmico qualquer:
- Fico tão impressionado com ele se posiciona sobre coisas assim, com tanta convicção e rapidez... Eu não consigo ser assim!
Porém, não disse se era contra ou a favor sobre esse meu jeito de ser e eu também nada perguntei.
Há pouco tempo, quando o GP Jornal realizou mais uma edição do Garra Profissional, em meio à uma séria ameaça do evento não poder ser realizado em um local público, esse meu querido amigo foi um dos 1ºs a chegar, me passando, em silêncio, a segurança de que estava ali, como político, e que nada de mal aconteceria, como, de fato, nada aconteceu. Não me lembro de ter me sentido tão amado e protegido, por um amigo, em toda a minha vida! Quando ele perdeu a eleição, após sete grandes vitórias consecutivas, eu enviei uma breve mensagem pelo whatsApp:
- Estou sem chão... Sinto muito!
Ele respondeu, com sabedoria:
- Estou bem, amigo! Fechou-se o ciclo!
No dia em que ele, infelizmente, partiu, eu acordei sobressaltado, à 1H20, me levantei, mas não associei o fato a ele, que estava internado em um hospital de Brasília, há 40 dias. Voltei para a cama, dormi novamente e só acordei, quando um dos filhos dele me ligou, cedo, dando a triste notícia. No enterro, perguntei a um familiar sobre a hora em que ele havia se desencarnado e ouvi esta resposta, que me arrepiou:
- À 1H30...
E você, já teve sorte de ter, na vida, um ou mais, amigo irmão, assim?
UMA BOA LEITURA!
O editor GP escreve mais uma crônica: POR QUE A RELIGIÃO NÃO TEM ESPAÇO EFETIVO NA POLÍTICA?