Selo GP - Rodrigo Roreli Laço
Fundação: Francisco Gabriel
Bié Barbosa
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imparcialidade, desde 84
ANO 40
Nº 2044
05/11/2024


Colunista
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GENTE PENSANTE - 02/08/2024

VOCÊ ENCONTRA A GAZETA NAS SEGUINTES PADARIAS: BARIRI (São José), CAFÉ COM LEITE (São Luiz) e FRANÇA (rua Direita); * MERCEARIA DONA BENTA (São José) * NAS BANCAS: FELIPE (em frente à EE Governador Valadares); FRANCISCO (em frente ao Santander); LEONARDO (praça das “bolas”) * E POSTO STOP SHOP (avenida Ovídio de Abreu).

Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 2031:

MORRER MAIS NOVO OU VIVER MAIS E IR PERDENDO OS AMIGOS?

No belo cemitério de extensa área gramada, túmulos com apenas algumas pedras no chão, sem nenhuma cruz, foto, texto ou esculturas, os dois velhos amigos encontraram-se E caminharam juntos, após o sepultamento de mais um amigo. De repente, um deles disse que iria ao túmulo de sua família fazer uma oração. O amigo respondeu solícito:

- Eu acompanharei você, até porque o túmulo da minha família é bem próximo do, da sua. Ai, eu aproveito para dar um pulo até lá, para fazer também uma oração.

Eles caminharam juntos até a parte mais distante do cemitério. Coincidentemente, ambos tinham cabelos totalmente alvos e vestiam roupas negras. Foram caminhando, sob o sol morno daquela manhã de inverno e conversando sobre a morte de mais um grande amigo, colega de faculdade. Como tinha sido por um trágico acidente de carro, um deles comentou:

- Coitado do fulano! Não merecia uma morte assim, com o corpo todo esquartejado...

O outro rebateu:

- Acredito que ele nada sofreu, pois morreu na hora. Nem viu o que aconteceu. Melhor assim do que ficar na cama, dependendo dos outros... Deus me livre!

O outro rebateu:

- Se a gente pudesse escolher, eu não gostaria de morrer assim, tão abruptamente. Quero me preparar para morrer...

O outro disse:

- É a sua cara morrer assim, organizando tudo, até o próprio velório! (riso).

- Quando eu disse me preparar para morrer, não quis dizer organizar o meu próprio velório. Não é isso! Quero apenas sentir que o meu tempo está chegando ao fim, para ter tempo de rezar e ir me preparando, para me mudar para a minha última morada, aqui na Terra. Mas, na hora de partir, não quero estar consciente, para ver ou sentir a morte chegando. E eu não vou mentir pra você... eu tenho medo de morrer e deixar para trás esta vida boa que eu tanto aprecio! Viver é bom demais!

O amigo riu e disse:

- Como se a gente pudesse escolher, não é? Acredito que cada um de nós já vem para a Terra, com um tempo de vida pré-determinado. Chegou a hora de partir, vamos mesmo, sem que os nossos desejos sejam ouvidos. Mas, mudando de assunto, os nossos amigos quase todos estão morrendo... Estou cansado de vir aqui...

- Mas ainda assim temos que agradecer esse presente que Deus nos deu de viver mais e não ter morrido jovens. Portanto, como estamos vivendo mais, vamos ter de ir perdendo e sepultando os nossos queridos amigos e familiares, não é mesmo?

E você, o que pensa sobre esse mistério sem fim que é nascer e morrer?

UMA BOA LEITURA!



O editor GP escreve mais uma crônica: QUANDO O CASAMENTO NÃO PASSA DE UM CRUEL JOGO DE DOMINIO


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