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Mulheres em canteiro de obras - 24/06/2011

Antes discriminadas, as mulheres agora trabalham nas mais diversas áreas, inclusive ocupando cargos que, até tempos atrás, eram exclusivos do mundo masculino. Prova maior disso é que o país tem agora uma presidenta em seu comando. Mas há também os cargos menos elevados, onde as mulheres estão colocando, literalmente, a mão na massa. Em Pará de Minas, por exemplo, a reportagem GP foi informada que 3 mulheres tem trabalhado em uma obra no bairro São Francisco. Curiosa para saber um pouco dessa história, a reportagem GP correu atrás, encontrando essas mulheres com os carrinhos cheios de terra, num clima de muita alegria. Vale a pena conferir. OS DEPOIMENTOS - “Meu marido é pedreiro e eu sempre gostei de trabalhar com ele como servente. Foi ele quem me indicou para trabalhar nesta obra. É um trabalho normal e faço o meu serviço. Aqui não há preconceito e cada um faz o seu serviço. Quero aproveitar a oportunidade para agradecer a construtora que nos deu essa oportunidade de trabalhar e mostrar que podemos”. (Juraci Teixeira dias Souza, 42). “Trabalhei em vários outros empregos e agora estou trabalhando nesta obra. É a minha 1ª obra e estou achando bom trabalhar aqui, porque não é um trabalho muito difícil. É uma nova oportunidade para as mulheres na construção civil, mas muitas não conseguiram e nós estamos mostrando que damos conta de fazer. Não sofremos preconceitos e espero que esta seja apenas a 1ª de muitas obras que faremos”. (Aparecida Luiza da Silva, 38). É a minha 1ª obra e estou adorando trabalhar. Minha família não mora aqui, sou viúva e já trabalhei em várias áreas. Vim trabalhar para me sentir mais produtiva e como tive essa oportunidade, eu me agarrei a ela. Gosto muito de trabalhar, mas é um serviço puxado, mas me dá dignidade e mostra a minha força. Espero que quando essa obra acabar, a gente continue trabalhando juntas por muito tempo”. (Cleusa Aparecida, 53) APROVADAS – O mestre de obras José Augusto, mais conhecido como Bahiano do Churrasco aprovou o trabalha dessas mulheres. “As 3 conseguem corresponder ao trabalho aqui na obra, onde elas fazem de tudo: peneiram areia, carregam tijolos, concreto, fazem a limpeza e todo o serviço que a parte masculina faz. O serviço delas é 100%! Elas são boas, disciplinadas, se preocupam com o horário. Enfim, são bens responsáveis. E todo mundo aqui as respeita e estou muito satisfeito com isso”, aprova Bahiano. ENTENDA O FATO – “Isso está acontecendo porque não temos formado profissionais novos o suficiente para cobrir a demanda que é muito grande. Ou seja, não temos mão de obra suficiente no mercado, uma vez que a maior parte dos pedreiros está se aposentando e os jovens não estão se voltando para a construção. Estamos preocupados com quem vai continuar construindo a cidade. Então, estamos recorrendo para a parte feminina que tem o sonho de ocupar o seu espaço. As mulheres estão trabalhando em todas as áreas”, explica o sábio Bahiano. (Matéria sugerida por NEUSA MELGAÇO).

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