O museu acaba de restaurar um jornal muito antigo da cidade, o semanário Cidade do Pará datado de 12 de julho de 1908, Ano V, nº 242 com veiculação de importantes notícias sobre melhoramentos em Pará de Minas, no início do século XX. O exemplar foi doado ao Muspam, em 2002, pela família do farmacêutico e pesquisador Mário Luiz Silva, por intermédio da filha dele, Maria Luiza Capanema Silva. O responsável pelo trabalho de recuperação do documento foi Evaldo Firmino (foto), profissional da Biblioteca Pública Professor Mello Cançado, um dos órgãos operacionais da Secretaria Municipal de Cultura. Evaldo é servidor municipal há vários anos e tem efetuado primorosos trabalhos de recuperação de documentos e livros, como já mostrado por esta GAZETA, algumas vezes. O exemplar restaurado que se encontrava bastante sofrido pela ação do tempo com marcas de dobraduras e rompimento do suporte, possui 4 páginas. Ao ter acesso a ele, a reportagem GP notou que ele relata as inaugurações da luz elétrica em algumas locais de Pará de Minas como o edifício da distribuidora de energia, a fábrica de morins Companhia Industrial Paraense e a Usina do Jatobá. Na 1ª página, com o título Homenagem da Cidade do Pará, há imagens dos responsáveis pelas importantes melhorias como o coronel Américo Teixeira Guimarães, gerente da Cia. Industrial Paraense; vigário José Pereira Coelho, coronel Manoel José Simões, coronel Manoel Ferreira Guimarães Filho, diretores da Cia. Industrial Paraense, coronel Fernando Otávio da Cunha Xavier, presidente da Câmara Municipal da Cidade do Pará, Pedro Nestor de Salles e Silva, juiz de Direito da Comarca do Pará, e Benedito Valadares, ex-presidente da câmara municipal. A inauguração do prédio da Companhia Industrial Paraense, na praça Conde da Conceição, atual praça Mello Viana, e a instalação de luz elétrica na cidade, energia produzida pela Usina Hidrelétrica do Jatobá, ocorrida em 4 de julho de 1908, são descritas nas páginas do jornal. A conquista dos melhoramentos para a Cidade do Pará foram resumidas por Antônio da Rocha Praxedes, editor do antigo jornal. Segundo a diretora do Muspam, Ana Campos, “o trabalho que Evaldo Firmino executou garantiu a restauração do documento que é agora testemunho vivo do desenvolvimento da cidade, possibilitando a preservação das informações para as gerações futuras”.