O governo federal tem oferecido oportunidades para estudantes de todo o país que sonham cursar uma universidade federal, através do Enem. Agora, o governo criou um programa que dá chances aos alunos dessas universidades e que estejam fazendo graduação de cursar um ano em uma universidade de outro país. O projeto tem como objetivo promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência, tecnologia, inovação e competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A previsão é de doar até 75 mil bolsas em 4 anos para promover esse oportuno intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos. Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no programa, assim como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior. O jovem estudante pará-minense Igor José Moreira Marques, 21, (foto), que cursa Engenharia de Automação, na Universidade Federal de Ouro Preto/MG, por exemplo, concorreu com 12.000 candidatos e ficou entre os 500 escolhidos. Esse novo intercambista esteve na sede da GAZETA, quando explicou como tudo aconteceu. Veja. “Estou no 8° período do curso de Engenharia de Automoção e fiz muitos projetos e estágios durante todo o curso. Em outubro de 2011, apareceu a oportunidade de tentar essa bolsa para o exterior, mas eu só consegui, porque houve desistência. Um dos requisitos é ter um nível pelo menos intermediário de inglês. Então, tive que fazer um curso de proeficiência em inglês com várias redações, porque quando eu chegar lá terei contato direto com a língua e é super-importante ter o domínio dela. Embarcarei no dia 29 de fevereiro e dia 5 de março já começarei o curso. É tudo muito corrido, não dá pra chegar lá já sabendo a língua... Farei o curso e um estágio nos Estados Unidos, onde assinarei um contrato que reza que, depois de terminado o curso nos Estados Unidos, terei de ficar no Brasil o dobro do tempo que durou o curso. Como ele será de 1 ano, terei que ficar aqui 2 anos. A formatura só pode ser feita aqui. Fiquei sabendo que, por causa disso, alunos que estão quase no fim de seus cursos foram descartados. Esse um ano de curso que farei lá ficaria em 47 mil dólares e o governo bancará, tanto a minha estadia como os demais custos do curso. Aproveitarei bem esta oportunidade, até porque depois dela as portas se abrirão pra mim”, acredita Igor.