Na última semana, saiu a lista dos aprovados nos vestibulares das federais de todo o país, quando jovens pará-minenses, mais uma vez, se destacaram não só nas universidades federais como em várias outras, particulares. Confira.
UFMG – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS: ADMINISTRAÇÃO – As gêmeas Daniele e Gisele Araújo Martins; ARQUITETURA - Guilherme de Melo Rufino (também na UTI - Universidade de Itaúna); DIREITO - Maria Gabriela Cruz; ENGENHARIA DE ALIMENTOS – João Pedro Marinho Guimarães, em 8º lugar (e Engenharia de Produção na Fumec e UIT; Engenharia Civil na Fumec e Publicidade e Propaganda, na Faculdade Pitágoras); ENGENHARIA CIVIL - Saulo Baêta (UFSJ e UTI); ENGENHARIA DE MINAS - Camila Reis e Gabriela Lage; ENGENHARIA DE SISTEMAS - Caíque Ferreira Naves; FISIOTERAPIA - Liliane Mendonça Martins Ferreira, em 8º lugar (e Enfermagem na UFSJ e Relações Internacionais na PUC/MG); HISTÓRIA - Jesus Amaral Neto e MEDICINA VETERINÁRIA – Lucas Resende e Nívia Ferreira (também na PUC).
UFRJ – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO e UFOP – UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO: MATEMÁTICA - Bruna Fuchiue Diniz Campos, em 1º lugar (ARQUITETURA na Anhembi Morumbi/SP e CIÊNCIAS CONTÁBEIS, na Fapam).
E como não poderia deixar de ser, a reportagem GP conversou com 6 desses grandes destaques no vestibular deste ano (nomes em negrito acima). Eles passaram em mais de uma faculdade e falaram sobre as suas experiências diante dos tão temidos vestibulares das federais. Confira as 3 1ªs entrevistas.
“Depois de muito choro e conflitos, resolvi ficar”
“Sempre me dediquei e me esforcei ao máximo na escola e isso me ajudou muito. Se eu tivesse deixado acumular teria sido mais difícil e, graças a Deus, sempre passei por escolas e professores competentes que me deram uma boa base. Para reforçar, fiz cursinho preparatório durante os últimos 4 meses anteriores ao Enem o que me ajudou muito também. Fiz o Enem 2010 como treineira para ter noção de como administrar e me tranquilizar com tantas questões em tão pouco tempo e valeu a pena. Passei em 4 faculdades, duas particulares e duas federais. Nas federais (UFRJ e UFOP) escolhi Matemática. Na Fapam, Ciências Contábeis e na Anhembi Morumbi, Arquitetura e Urbanismo. Na hora que eu abri o resultado gritei: “Pai! Ou erraram aqui ou eu passei em 1º lugar!” (risos). Reabri minha inscrição umas duas vezes para ver se eu mudava de colocação! Foi engraçado, porque eu não esperava... Ainda mais lá... Achei que a nota de corte estava muito alta, pois sempre havia imaginado e ouvido das pessoas que ninguém gostava de Matemática! Fiquei muito contente! Foi o máximo, pois estava muito triste pela UFMG, onde eu não passei. Poder ver que ainda havia outras opções e que eu tinha conseguido uma colocação boa me deu ânimo e uma felicidade enorme! Não vou para o Rio, pois meu sonho sempre foi Engenharia Civil e Arquitetura, mas ver que meu resultado tinha sido bom me deu força para continuar sonhando e lutando pelo que eu queria realmente. Me inscrevi em Matemática, porque sempre amei a matéria e dois professores meus me aconselhavam a fazê-la, mas não é o que eu quero realmente. No dia que eu tinha que dar a resposta para a UFRJ saiu o resultado do Prouni; foi quando eu decidi que não iria mesmo, consegui passar em 7º lugar na Universidade Anhembi Morumbi em São Paulo, em Arquitetura com bolsa integral para o Prouni. Meu Deus, como fiquei feliz e assustada! Sim, assustada mesmo. Eu tinha certeza absoluta que não iria passar e nem havia pensado na hipótese de me mudar na mesma semana para outro Estado, assim, de uma hora para outra. Acho que devido a minha idade, já que tenho 16 anos, o choque para mim e minha família foi muito grande. A emoção se confundiu com medo e insegurança. Muitas pessoas me disseram para ir e não deixar a oportunidade passar, mas infelizmente descobri que não estou preparada mesmo. Depois de muito choro e vários conflitos, resolvi ficar. Ficar aqui foi a escolha mais difícil da minha vida, sem exagero. Eu sempre sonhei com isso que está me acontecendo agora e me dediquei para isso o máximo que pude. Então, desistir foi a atitude mais arriscada e pensada que já tomei. Vários fatores contribuíram para isso. Como eu já disse, a idade foi fundamental, pois para tudo é praticamente necessário ser maior de 18 anos e ainda me restam quase dois anos até lá. E psicologicamente não estou preparada para deixar a minha zona de conforto e ir em frente. Comecei no Senai no dia 23, e lá vi quanta coisa posso aprender, quanta experiência posso adquirir... depois de muito pensar, chorar e pedir opiniões para várias pessoas, vou ingressar nessa mesma faculdade (Universidade Anhembi Morumbi) no 2º semestre, e, com certeza, com mais segurança, força e aprendizagem. Enfim, serão 6 meses para me conhecer melhor, para me preparar e preparar minha família realmente para essa nova jornada em minha vida, sem desistir. Se não foi agora, uma hora vai ser. Basta a gente ir atrás do que quer realmente, se sacrificar em algumas coisas... Quantas vezes nesse ano deixei de sair, meus amigos sabem muito bem disso, para não perder o meu foco, pois eu, infelizmente, não sou muito boa em conciliar várias coisas ao mesmo tempo (risos). Perdi muita coisa, mas acho que, pesando na balança, ganhei muito mais. Estudei muito! Nada cai do céu e ninguém aprende tudo de um dia para o outro. Com força de vontade, a gente consegue tudo, com certeza”. (BRUNA FUCHIUE DINIZ CAMPOS, 16 anos, filha de Tieko Fuchiue Diniz e Cícero Líbero Pio Campos, residente no distrito de Sobrado).
“Estudar faz parte do processo, sem obsessão”
“Fiz meio ano de cursinho, de agosto a novembro de 2011, e estudava em casa também. Não foi o meu 1º vestibular, quando prestei, no meio do ano passado, e passei na Faculdade de Itaúna e fiquei em excedente em São João Del Rey. Porém, resolvi fazer o cursinho novamente para tentar uma vaga federal e agora, neste vestibular, tentei em Itaúna de novo na federal de São João Del Rey e na UFMG. Passei em Itaúna e em São João Del Rey, para Engenharia Civil e na UFMG, Matemática. Foi uma sensação muito boa, sensação de esforço que valeu a pena. Decidi por Engenharia Civil na UFSJ, mas não foi difícil a escolha, porque, desde o começo, minha 1ª opção seria engenharia em uma Federal. Estudar faz parte do processo, mais sem muita obsessão. Quando você quer alguma coisa, tem de procurar conseguir, porque, com certeza, conseguirá. (SAULO BAÊTA, 19 anos, filho de Márcia de Oliveira Baeta e Tarcísio Édson Espíndola, residente no Centro).
“Me apaixonei pelo trabalho da Cidade Ozanan”
“A preparação para o vestibular não foi uma tarefa fácil. Fiz cursinho preparatório apenas no 1º semestre, mas sempre que tinha algum tempo livre reservava para os livros, apostilas e exercícios. Não deixei de estudar durante a greve dos professores, nem durante as férias. A preparação, na verdade, ocorreu durante toda a minha época escolar, porque acredito que aprender é fundamental e sempre valorizei o que aprendi na escola. Então, a minha preparação para o vestibular foi composta de dedicação e persistência. A escola é a base de tudo. Sou incrivelmente grata