O ex-motoboy Lindemberg Alves, acusado da morte da ex-namorada Eloá Pimentel em 2008, chegou ao Fórum de Santo André, no ABC, para o 2º dia de julgamento. Ele passou a noite no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo. Além do assassinato da adolescente, o réu responde também por duas tentativas de homicídio, (contra Nayara Rodrigues da Silva, baleada no rosto, e do sargento da Polícia Militar Atos Antônio Valeriano, que escapou do tiro); cárcere privado (de Eloá, Victor Lopes de Campos, Iago Vilera de Oliveira e duas vezes de Nayara) e disparo de arma de fogo (foram quatro) praticados há mais de três anos, entre os dias 13 a 17 de outubro dentro do apartamento onde a ex morava. Sete jurados, seis homens e uma mulher, decidirão se Lindemberg é culpado ou inocente das acusações. No 1º dia foram ouvidas quatro testemunhas de acusação, o policial militar Atos Valeriano e os três amigos que estavam no apartamento de Eloá quando Lindemberg entrou. Hoje deve ocorrer o último dos cinco depoimentos das testemunhas de acusação, o do irmão mais velho da vítima, Ronickson Pimentel dos Santos. Além dele, devem começar a ser ouvidas as dez testemunhas da defesa. Segundo o Ministério Público, caso seja condenado por todos os crimes, a Justiça poderá sentenciar a Lindemberg uma pena mínima de 50 anos de reclusão e máxima de 100 anos. Pela legislação brasileira, porém, ninguém pode ficar preso por mais de 30 anos.