No último dia 10, a Casa da Cultura recebeu a 1ª edição do Grande Papo deste ano com o tema Greve dos Professores que foi debatido de maneira séria e aberta entre a plateia e o diretor regional do Sind-Ute, Anderson Vianna. Na abertura, este evento GP contou com a participação da cantora Tety Solar, recentemente chegada dos Estados Unidos, que descontraiu os presentes com duas músicas de sua autoria. Empolados em saber mais sobre o tema, os participantes perguntaram e opinaram sobre a greve, além de receberem prêmios oferecidos pela CTBC e Itambé, patrocinadores deste que é o mais tradicional evento cultural da cidade. Segundo o debatedor, o ponto mais importante dessa greve em Pará de Minas foi o surgimento de novas lideranças. Na verdade, eles estavam indignados com o Governo de Estado, prometeu, na última greve, em 2008, um piso salarial, mas não cumpriu. Ele disse também que Minas Gerais é o 2º Estado do país em arrecadação, mas que está em 17º no quesito salário de professores. Após a realização do debate, a reportagem GP conversou com Anderson. Confira. NOVA GREVE? - “Os educadores em geral estavam com a necessidade de dar um grito. A questão não é só uma questão salarial. Nós estamos sendo massacrados durante 8 anos por esse Governo. É como se, durante a greve, quiséssemos dizer: Nós existimos! Estamos aqui e queremos ser ouvidos. Agora, nós temos negociações em andamento, propostas pelo próprio Governo, mas se algum desses pontos não forem cumpridos, a greve poderá voltar. Até neste momento, tudo que foi abordado está sendo cumprido. Torcemos para que não haja necessidade de voltar a greve. Essa coisa de os alunos perderem o ano não existe. Se ocorrer uma nova paralisarão vamos continuar a ter 200 dias letivos e o ano letivo poderá ser estendido até janeiro/fevereiro. Mas vamos pensar positivo para ter uma negociação boa para nós e não ser necessário uma nova greve”. FALSIDADE - “Este governo investe muito em publicidade. Contrata atores globais, ao invés de contratarem artistas mineiros, coloca situações que não existem no serviço público, como pessoas sendo atendidas em hospitais, escolas impecáveis e índices de segurança que são falsos. O que encontramos na realidade é uma situação diferente daquela colocada na propaganda. O que encontramos na verdade são escolas com dificuldades, professores com dificuldade para dar aula, hospitais com dificuldades em atender as pessoas e não é isso que eles mostram nas propagandas”. * 5 dias após o Grande Papo, o governador Antônio Anastasia concedeu um aumento salarial aos professores, entre 18% e 104%