Filho de Amado Alves Araújo e Maria José do Amaral, Domingos Amaral nasceu em 21 de novembro de 1909, em Mateus Leme/MG. Desde jovem, teve uma vida difícil, quando trabalhava na lavoura e na criação de carneiros para ajudar seus pais no sustento dos irmãos. Nas horas de lazer, era músico e tocava tuba. Sonhando com uma vida melhor, veio para Pará de Minas para trabalhar em uma fábrica de laticínios. Mais tarde, resolveu dedicar-se ao comércio de artigos de fundo de loja que arrematava para vender nas casas. Sua boa relação e a credibilidade adquirida com os clientes o encorajaram a tornar-se sócio de José Augusto, mais conhecido como Zé Manquinho, num comércio de retalhos instalado no fim da rua Benedito Valadares. Na época, já era casado e tinha 3 filhos. À medida que seu filho mais velho, Hélio, foi crescendo, sentiu-se confiante o suficiente para instalar na Benedito Valadares a loja Primavera, um dos estabelecimentos comerciais mais tradicionais de Pará de Minas, no século passado. As pessoas do campo eram compradores fiéis dessa loja. Como o negócio deu certo, Domingos Amaral investiu na compra de fazendas e na criação de gado de leite. Além de bom profissional, ele era também um homem de fé. Como Vicentino, ajudava as famílias carentes. Pertenceu à Irmandade do Hospital Nossa Senhora da Conceição, mas foi na mobilização dos pará-minenses para trazer padre Libério de Leandro Ferreira/MG para Pará de Minas que Domingos teve uma participação ativa. Para tanto, ele e um grupo de fazendeiros percorriam as propriedades rurais em busca de doações de animais para a realização de leilões, dentre eles, o de Ribeirão do Ouro que ficou célebre na época pelos recursos arrecadados para comprar e montar a casa do santo padre, no bairro das Graças. Domingos Amaral deixou um exemplo de vida de muito trabalho e determinação, conquistando o amor e a admiração de sua família, bem como o respeito dos comerciantes mais tradicionais de Pará de Minas. Foi casado com Zolina Marinho do Amaral com quem teve Hélio Marinho Amaral, Helena Marinho Campos, Selma Amaral Almeida, Lídia Marinho Amaral Rezende, Antônio Sérgio Marinho Amaral e Maria Eugênia Amaral Mendes.
* Através do projeto de lei de nº 54/2005, de 21 de novembro de 2005, o Legislativo Municipal decidiu homenagear Domingos Amaral, emprestando seu nome ao Centro Comercial Domingos Amaral, popularmente conhecido como Camelódromo.