O tatuador pará-minense Valter Cordeiro Guedes, mais conhecido como Valtin, participou recentemente de uma competição estadual de tatuagens, quando trouxe para Pará de Minas o 2º lugar na categoria Fechamento de Costas. O BH Convêncio (de convenção) aconteceu, logicamente, em Belo Horizonte, de 18 a 20 de maio. A reportagem GP esteve no estúdio de Valtinho, onde ele relatou sobre a premiação e também sobre o preconceito ainda existente nesse setor. Não deixe de ler.
“Consegui ficar em 2º lugar. Eram 32 trabalhos concorrendo, vindos de vários lugares do Estado e até do país. É o reconhecimento do meu trabalho, apesar que todos nós trabalhamos para conseguir o 1º lugar, mas o 2º já é uma boa colocação. Entrei competindo em 3 categorias, mas somente concorri em duas, pois uma de minhas clientes não pode comparecer ao evento. Consegui a premiação numa categoria bem difícil, o fechamento de costas. É um trabalho bem complexo; tem que ter harmonia e uma passagem de cores bem bacana. Levei duas clientes com trabalhos já prontos: a Denise, que é minha cunhada, e a Franciele. A tatuagem vencedora foi a da Denise, na categoria Melhor Fechamento de Costas. Estou muito orgulhoso pelo reconhecimento do meu trabalho. Me sinto muito feliz, é muito bom, pois me dediquei muito nos trabalhos apresentados. Gosto de trabalhar com criações próprias, mas faço também várias outras séries de desenhos criados por amigos tatuadores. O bacana da tatuagem é que o cliente sempre dá ideias do que quer, fazendo com que o tatuador trabalhe sua arte em cima do desejo de cada um para sair um trabalho bacana”, garante Valtinho.
IDIOTICE – “Há alguns dias, acabei sofrendo um certo preconceito, quando tentei levar uma 3ª cliente a essa convenção e ela acabou não indo por causa de sua família, que não permitiu a participação dela, mesmo sendo ela maior de idade. Fiquei muito chateado com tudo isso, porque, querendo ou não, isso me prejudicou na competição. Esse preconceito é geral e não é só comigo. Isso me deixa muito contrariado e chateado, mas para quem é inteligente e sabe como é nosso trabalho e a arte que nós fazemos, em momento algum, vai ter preconceito. É verdade que o preconceito em relação às tatuagens diminuiu bastante, mas, infelizmente, ainda existe e, para mim, é uma coisa muito idiota