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Retrocesso da arte local - 08/06/2012

Edward Moreira Teixeira de Carvalho, 49, professor licenciado com formação em artes e atual cartunista da GAZETA criticou um método incorreto que vem sendo usado em Pará de Minas para ensinar a arte. Não deixe de ler. “Me formei em Comunicação Social, em Belo Horizonte, onde passei por algumas produtoras de vídeo e fiz um curso técnico de desenho animado na UFMG, onde surgiu a oportunidade de ter contatos com profissionais das artes visuais. Assim, realizei alguns curtas metragens, quando me projetei em festivais do Brasil e até no exterior. quando senti a necessidade de ter a licenciatura, uma formação direcionada para o ensino de arte, através do centro de Universidade Claretiano, em São Paulo/SP. Há 15 anos que trabalho em escolas como Ângela Maria de Oliveira, Caic, Fernando Otávio, Nossa Senhora Auxiliadora, etc.”, enumera Edward. MÉTODO CORRETO - “Venho desenvolvendo várias modalidades de arte, tais como desenhos, pinturas e outras formas de modelagens, e teatros. Tenho uma maneira bastante livre de trabalhar, no sentido de proporcionar aos alunos uma expressão de sentimentos e ideias. O método correto de ensinar desenho e pintura é através da observação da natureza, dos objetos e das pessoas, para que o aluno desenvolva seu olhar à mão livre como os grandes mestres Guinard e Leonardo Da Vinci nos ensinaram. Aliás, o Método da Observação vem sendo aplicado, desde o início do Século XX para que o aluno desenvolva o seu olhar e não a mão. Isso não significa fazer uma cópia fiel do que se vê. É através do olhar que ele vai ser capaz de fazer uma releitura da realidade, de acordo com as suas emoções e sentimentos, naquele momento”. MÉTODO ERRADO - “Em Pará de Minas, apesar de haver várias pessoas talentosas e habilidosas, percebo uma falta de metodologia para ensinar a arte, devido à falta de informação daqueles que ousam ensinar. Estão ensinado desenho, através do Método Quadriculado ainda. Ou seja quadricula-se uma foto ou figura qualquer e um papel e, a partir daí, essa escala de desenho é transferida. Faz-se uma cópia quase fiel, mas o trabalho fica sem expressão individual e isso não desenvolve a criatividade de ninguém! Tenho visto isso acontecer, aqui em Pará de Minas, com crianças, adolescentes e adultos que querem aprender desenho. É um absurdo, porque estão atrapalhando, bloqueando o processo da criatividade dessas pessoas. O Método Quadriculado é tão ultrapassado que foi utilizado, quando a Missão Francesa chegou ao Brasil, há mais de 100 anos. Isso é defasado demais; existem técnicas de ampliação muito mais avançadas que isso, através da projeção de fotos ou figuras. Resumindo, estão usando um método completamente errado. Estão enganando as pessoas que querem aprender desenho e pintura, ao usar essa técnica ultrapassada e que foi utilizada com outro objetivo: o da simples ampliação. Esse método de quadricular figuras e fotos é um tremendo retrocesso”.

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