Eu não trocaria um sapato velho por uma ação do Facebook. Apostaria meus copeques num banco grego, mas não me tornaria sócio de Marck Zurckerberg. Aliás, só quem tem garantia de ter feito bom negócio nessa história é ele, o fundador do mais fabuloso sucesso da internet. O capital da empresa foi aberto em 18 de maio último, gerando saldo de alguns bilhões para o bolso de seus criadores. As ações que no lançamento valiam 38 dólares fecharam a 32 no dia último dia 23. Ou seja, queda de 16%, quando o normal, em situações análogas, é forte alta. Acompanhando o acontecimento que envolveu a abertura de capital do Facebook, eu me perguntava: Por que alguém botaria dinheiro ali? Como pode essa empresa valer mais de 100 bilhões de dólares? Tudo bem que o site é fantástico, é um sucesso impressionante e é mágico. Porém, qual é a sustância? Qual é a robustez de um sistema de relacionamentos como esse? E se amanhã ele for substituído por outro, criado por dois moleques numa garagem na Califórnia? Enfim, o Facebook não oferece garantia nenhuma, é gasoso demais. Semana que vem surge um outro nerd genial com uma ideia mirabolante, arrebata os usuários e as ações viram pó. Mais uma vez, não consigo escapar à óbvia conclusão de que Zurckerbert é o único que pode se gabar da vitória! (BRUNO QUIRINO, DIVINOPÓLIS/MG)