A Secretaria Municipal de Planejamento apresentou o estudo da equipe do engenheiro Mário Cicarelli para um Plano Diretor de Drenagem Urbana para Pará de Minas. Sem dúvida, uma grande iniciativa desta gestão municipal, mesmo que muito tardia. A apresentação foi no Legislativo, na 5ª feira, 17, onde esperávamos mais público diretamente envolvido e preocupado com esse assunto triste que envolve, entre outras, também as enchentes. Pois bem, as enchentes vão continuar, faz parte da vida. A curto e a médio prazo, vamos precisar mesmo é da dedicada Defesa Civil, do competente Corpo de Bombeiros e dos alarmes. Estes são certos, podemos obtê-los pelos estudos e acompanhamentos por satélites. Juntamente com o sinal de alerta, para sair das áreas de risco de inundações, precisamos de uma infra-estrutura de desocupação e lugar para onde ir, talvez com o mínimo de conforto e muita dor no coração. É curioso como o ser humano busca sempre novas soluções e outras opções para os problemas. Por que continuamos com erros e políticas urbanas erradas, sustentando um modelo de urbanização vencida e claramente insustentável? Perguntado sobre medidas a curto prazo, a resposta é: “Elas não existem. O Plano pode ficar pronto em 5 meses. Tudo é para 2014, tudo é muito caro e demorado para conseguir verbas” e por aí vai uma longa fala que dá vontade até de chorar. A grande notícia da noite (milagres acontecem) e que traz uma enorme esperança de tempos melhores, foi dada pelo Secretário Municipal do Planejamento, engenheiro Jurandir Leitão, que anunciou um projeto de lei para criar modernas opções de pavimentação urbana. Isso sim é solução a médio prazo e deveria começar agora, nesses novos loteamentos. Dizer que nada resolve e que o povo gosta e pede com força é o quente, insustentável e impermeabilizante asfalto não é nada respeitoso por parte de quem tem o poder e pouca visão de urbanismo saudável. Dizer ainda que precisamos de ruas asfaltadas para o trânsito pesado, informo que a situação é tão preocupante que devemos até rever as linhas do transporte urbano para que possamos ter ruas e residências ecologicamente pavimentadas. Quem pode ficar confortavelmente em ambientes frescos e refrigerados talvez não sinta a necessidade de ambientes urbanos mais frescos, saudáveis e agradáveis para o ir e vir no dia a dia de trabalho. A Educação Ambiental é muito urgente nas escolas para que possamos construir e estudar conceitos mais humanos para com a Terra, a água e o ar. Cuidar do meio ambiente é cuidar da própria vida. (SÔNIA NAIME – PM/MG, cujo título original é Queremos Medidas a Curto Prazo).