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Cobra gigante se recupera de cirurgia - 21/06/2012

Constatemente policiais militares do 3º grupamento de meio ambiente, funcionarios do Centro de Zoonones e bombeiros realizam o recolhimento de animais da fauna silvestre na área urbana e rodovias de Pará de Minas. Em algumas situações, os animais são vítimas das ações do homem como atropelamento, pedradas, pauladas, cortes com armas brancas, incêndios e queimadas florestais. Quando encontrados, eles são, então, encaminhados para tratamento médico veterinário e, após reabilitação, são novamente reintroduzidos na natureza. Recentemente, uma jiboia-constritora de aproximadamente 4KG e 1,60M, foi localizada em Limas do Pará, com diversos cortes provocados por equipamento corto contudente foi conduzida ao Centro de Zoonoses de Pará de Minas, onde o médico veterinário Idalécio Mello e a biologa Natália Marques realizaram a limpeza dos ferimentos e uma cirurgia. Ela ainda se encontra no Centro de Zoonoses se recuperando dos ferimentos. Após, será solta no seu habitat natural, novamente. A jiboia-constritora é um animal com hábitos noturnos, o que é verificável por possuir olhos com pupila vertical, ainda que também tenha atividade diurna. Alimenta-se de pequenos mamíferos, principalmente ratos, aves e lagartos. A digestão é lenta, de 7 dias a algumas semanas, durante os quais fica parada, em estado de torpor. Animal muito dócil, apesar de ter fama de perigosa, não é peçonhenta e não consegue comer animais de grande porte. Portanto, é totalmente inofensiva. TRÁFICO – A jiboia é muito perseguida por caçadores e traficantes de animais, pois tem um valor comercial alto como animal de estimação. Uma jiboia nascida em cativeiro pode custar de R$ 1.050,00 a R$ 6.000,00 e, às vezes, até mais, de acordo com a sua coloração. O mercado negro dessa cobra só existe no Brasil, porque as leis dificultam a sua criação em cativeiro, apesar do baixo risco de acidentes envolvidos na criação desse animal. Infelizmente, o Ibama suspendeu a licença para venda de jiboias no Estado de São Paulo, apesar de estudos internacionais demonstrarem que o comércio regulamentado é a maneira mais eficiente de se combater o tráfico de animais exóticos.

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