Faleceu na última 2ª feira, 25, o escritor Márcio Mendonça Meireles (foto), 88. Seus pais eram o promotor de justiça Carlos Meireles e a professora Izaltina Cecilio Mendonça. Márcio foi funcionário público estadual e trabalhou por mais de 20 anos como consultor do Tribunal de Contas do Estado. Advogado e jornalista, trabalhou no Minas Gerais, diário oficial do governo estadual e em outros jornais de Belo Horizonte/MG. Em Pará de Minas colaborou com os extintos Jornal Independente e Jornal Paraense (sic) e também com esta atuante GAZETA-PARÁMINENSE. Nestas páginas, ele escreveu, durante anos, a engraçada coluna policial Atrás das Grades, quando assinava as notas com o pseudônimo de Algemar Guerra. Era um dos mais importantes escritores de Pará de Minas, membro da Academia Municipal de Letras, onde ocupava a cadeira de número 4, que tinha como madrinha a mestra Orozina Cecilio Mendonça, sua tia. Escreveu 4 livros, um deles ainda inédito, de poesias. Seu livro mais famoso foi A Mansão da Rua do Ouro, romance baseado em fatos reais vividos em Belo Horizonte por personagens com nomes fictícios que o autor nunca quis identificar. Autor da mais completa biografia sobre padre Libério Rodrigues Moreira (1884/1980), a obra só foi publicada depois do falecimento do cônego Gabriel Hugo Bittencourt, ocorrida em 2002. Isso, porque Márcio Meireles temia que algumas passagens do livro pudessem causar algum tipo de desgosto no antigo vigário de Pará de Minas. Márcio deixa duas filhas: Márcia e Monalisa, e um filho, Romero. Sobrevive-lhe o único irmão, o juiz de direito aposentado, Morel Mendonça Meireles, que reside em Itaúna/MG. Com a morte de Márcio Mendonça Meireles a cultura do Pará de Minas fica mais pobre, especialmente o meio literário. Márcio foi sepultaldo na 3ª feira, dia 26, às 14 horas, no cemitério local. (LUIZ VIANA DAVID – PM/MG, cujo título original é Morre o Escritor Márcio Mendonça Meireles).