A Semana Empresarial da Ascipam, realizada de 18 a 20 de junho, foi, mais uma vez, sucesso, porque foi de encontro à eterna demanda da cidade de melhorar a motivação dos Pará-minenses nas empresas onde eles trabalham. Afinal, é uma tristeza receber atendimento de alguns funcionários que soltam frases que desanimam qualquer cliente. Entre outras pérolas, esta:
- Quê que cê qué?
Para tanto, a Ascipam montou uma grande estrutura com ótimas palestras que atraíram um público de quase 900 pessoas por noite, durante os 3 dias do evento (de 18 a 20 de junho). Na quadra sintética foi montado o Espaço Empresarial que contou com 36 empresas expondo seus produtos, algumas fazendo até degustações. A palestrante Leila Navarro abriu o evento com o tema Como Transformar Produtos Comuns em Recordes de Vendas; Carlos Hilsdorf palestrou sobre Atitudes de Equipes Vencedoras; e encerrando o evento, Waldez Ludwig foi Além do Sucesso do Cliente: A Fidelização do Cliente. A reportagem GP esteve no evento e conversou com os 3 palestrantes. Nesta edição, você confere a ótima entrevista feita com Leila Navarro. Não deixe de ler e crescer.
“Acredito que o vendedor tem que 1º conhecer o produto, se apaixonar e ser ele. Falo muito da relação do produto, porque ninguém vende o que não gosta, o que não compra. Ninguém vende o que não entende. O importante é a característica do vendedor que tem que ser uma pessoa com alto astral, de bem com a vida, uma pessoa que quando você entra num lugar, já percebe uma energia. Aí, sim, você quer se aproximar, pois a pessoa atrai, tem carisma. Isso é importante, porque quem dá luz ao produto é o profissional, mesmo tendo lojas concorrentes. Não é o produto que faz a diferença, mas a pessoa que nos atende. Para vender a pessoa tem que abrir a cabeça, aprender, energizar-se, sentir-se poderosas; sentir que elas é que vão dar força no produto. Quem sonha pequeno, realiza pequeno. Quem sonha grande, realiza grande. Quem procura acha. Nós é que criamos nossa realidade. Se você quer, terá sucesso. Se não quer, não vai ter. Quando você era pequeno, sua mãe pedia para catar o feijão e você separava, feijão bom, feijão bom, aparta o ruim e, daí, quando você vê só têm feijões bons. Aí, você dá à mãe o feijão para cozinhar todo contente, mas a mãe fala: Joga esse pouquinho de feijão ruim no lixo. Você vai lá e joga e não fica reclamando com aquele pouquinho de feijão que sobrou na vasilha. O que sua mãe está lhe ensinando é que a vida está cheia de feijões bons e poucos feijões ruins que têm de ficar para trás. Cada um faz a diferença! Você sabe que pode fazer, você tem que ter essa autonomia e quem lhe dá essa autonomia é a sua autoestima, a sua confiança. Quando o líder tem isso, ele passa para as pessoas a mesma coisa; o líder número 1 é o diferencial de qualquer negócio”, ensina Leila Navarro.
O QUE VOCÊ VAI FAZER? - “A insatisfação no trabalho é algo muito sério. Se você acessa o Google, vê que as palavras mais procuradas são trabalho e felicidade. As pessoas querem e precisam trabalhar, mas elas também querem ser felizes. Quando elas estão felizes, são mais produtivas, criativas aprendem melhor e escutam melhor. Trabalho e felicidade têm tudo a ver. Às vezes, há fases da nossa vida em que vamos ter que trabalhar em certa profissão que não vai ser aquilo que você vai trabalhar pelo resto da vida, mas é um período que você está precisando de trabalhar naquilo. Você tem que ter objetivos claros, metas, ter um plano de carreira interno. Pensamos que é a empresa que tem que ter um plano de carreira para nós, mas não é. Quem tem que ter o plano de carreira somos nós mesmos. Hoje, temos que ser empresários do nosso próprio talento, ainda mais hoje que o Brasil é quase a 5ª potencia mundial. Não dá mais para reclamar. Temos um país muito rico e o que precisamos saber é como administrar toda essa riqueza. Não quero ver brasileiros reclamando, mas estudando, se capacitando, aprendendo para saber administrar essa riqueza. Fazer uma faculdade hoje não quer dizer que vai ser sua carreira pelo resto da vida, pois você vai mudando, percebendo seus talentos e fazendo novas escolhas. Então, temos que estar abertos, ainda mais hoje que as pessoas vivem até 90 anos. Quem é jovem hoje corre o risco de viver até mais de 100 anos. O que você vai fazer com 100 anos se não souber aproveitar a vida com felicidade”?, questiona a inquieta Leila.
PARE DE RECLAMAR – “Temos que fazer tudo com emoção, como se fosse a 1ª e a última vez. Com gana, sonho, intenção, desejo, força! E fazer o melhor que você pode fazer. Então, temos que passar essa força para as pessoas e isso vem de onde? De um comprometimento interno, estar comprometido contigo mesmo, com a autoestima e autoconfiança. Trabalho muito com a autoestima das pessoas, chamo todo mundo de poderoso, poderosa, porque temos o poder da escolha, poder de ter sucesso ou não, poder de querer ser rico ou não. E o que é ser rico? É ser aquela pessoa que aproveita o que tem. E ser pobre é aquela que reclama do que não tem, porque pobre nem precisa ter dinheiro, porque vai continuar reclamando. Às vezes, numa mesma empresa, há uma pessoa que está reclamando de uma situação; e tem outro que está no melhor momento da empresa. Por quê? Porque está dentro das pessoas e eu quero que as pessoas se enriqueçam nas minhas palestras e saiam daqui poderosos. Nós temos que estar desafiando, fazendo junto, tem que ter uma relação de confiança. O líder e empresário de hoje tem que inspirar confiança para poder falar e fazer alguma coisa na empresa dele, mas o que é mais importante nisso tudo é o empresário perceber que nós temos todo o mundo para ganhar. Não dá para o empresário olhar aquele cara como se ele fosse alguém que está somente trazendo e fazendo dinheiro para ele. Todo mundo tem que sentir que está no mesmo barco. A palavrinha mágica é inclusão. Quando estive na Nasa, nos Estados Unidos, vimos uma faxineira e perguntamos para ela o que ela fazia ali? Ela respondeu: Eu ajudo o homem ir à lua. Então, o que a gente quer na nossa empresa é que as pessoas que chegam e perguntam o que você faz ali ouçam esta resposta: Eu ajudo essa marca a ficar mais poderosa, a vender, a faturar. Ou seja, você está sabendo qual a missão da empresa e sente que faz parte dessa história. Quando o empresário começa a reclamar muito da equipe eu falo assim: Olha, nada mudará se você não mudar. Olhe para você, olhe o que você está fazendo que a sua equipe. Porque é muito fácil reclamar do outro, mas o que eu estou fazendo para estar mudando essa situação? Poderoso que é poderoso fala assim: Nada mudará se eu não mudar. Não é só ficar reclamando, criticando e buscando o culpado. Quem reclama e busca culpados vira coitadinhos. As pessoas que são poderosas fazem a diferença”, garante a palestrante.
ONDE É PARÁ DE MINAS? – “Achei essa iniciativa da Ascipam fantástica e fiquei impressionada de ver como o Brasil está crescendo; você chega em vários lugares e vê o nível melhorando. Estou no hotel e vi uma coisa que nunca vi em lugar nenhum do mundo e isso é fantástico. Eles oferecem um menu de jantar, onde você constrói o seu próprio menu. Os pratos não são fechados e eu posso escolher que tipo de salada que eu quero, a carne. Já vi isso em restaurantes, mas em hotéis nunca. Você me desculpe, mas eu não conhecia aqui e quando eu vi onde eu iria, falei: Pará de Minas, onde é isso? Para onde estou indo? De repente, cheguei e estou impressionada com o nível, com a qualidade da cidade, das pessoas, com tudo que estou vendo aqui. Uma cidade de qualidade, de 1º mundo. Parabéns!
* Não perca na próxima edição, a 2ª entrevista: Carlos Hilsdorf.