Na edição anterior, a coluna Giro Policial relatou o percurso de um jovem que, vindo de Ascenção/MG, deu carona a um conhecido e, quando estava próximo da PAVEPE, anunciou que iria suicidar e que o caroneiro iria junto. Bastante impressionada com a notícia, a reportagem GP quis saber quem era o jovem que ganhou a infeliz carona e acabou descobrindo. Trata-se de Rafael Cesário Souza, 18, que relatou à GAZETA, na residência de seus pais, em Ascenção/MG, com exclusividade sobre os momentos de pânico que ele viveu dentro daquela caminhonete, naquela manhã de sábado. Não deixe de ler.
“No sábado, 29, por volta das 10H, ele (E.M.M.J) apareceu por aqui. Ele é conhecido da minha família e veio fazer uma visita ao meu avô. Aí, eu disse que estava indo a Pará de Minas e ele me ofereceu uma carona. No caminho até Pará de Minas, nenhuma atitude dele me fez desconfiar de nada. Ele só parecia um pouco embriagado... Quando chegamos na avenida Mello Cançado, ele disse que iria suicidar e que me levaria junto. Aí, trancou as portas e as janelas da caminhonete e começou a acelerar, cada vez mais, fazendo, zigue zague na pista. De repente, ele bateu na lateral de uma outra caminhonete e quase derrubou um motociclista que passava pelo local. Mais adiante, ele foi de encontro a um muro de uma residência. Nessa hora, eu dei um murro na cara dele, virando o volante da caminhonete para o canteiro central da avenida para bater contra uma árvore e parar, mas não foi isso que aconteceu. A árvore foi arrancada do chão e a caminhonete apenas diminuiu a velocidade, mas continuou. Mais apavorado ainda, quebrei o vidro da janela e me atirei na rua e ele continuou acelerando. Por sorte, só tive pequenos machucados no antebraço e no rosto. Quando me levantei do chão, muitas pessoas vieram a meu socorro e, alguns segundos depois, a polícia chegou me perguntando tudo... Aí, eles me colocaram na viatura e me levaram para a delegacia. Quando eu cheguei na delegacia, ele (Emídio Marcos de Melo Júnior) já estava lá. Do momento em que ele disse que iria suicidar até o momento em que eu escapuli pela janela foram aproximadamente 10 minutos... 10 minutos de puro pânico. Eu não sabia que ele estava com a cocaína, muito menos o motivo dele querer suicidar”, diz Rafael.
PROCESSO - “Ele foi tão cara de pau que não me procurou sequer para pedir desculpas. Mas foi melhor assim, porque se ele me procurasse para pedir desculpas, eu não iria aceitá-las mesmo. A propósito, estou conversando com a filha do meu patrão, que é advogada, a respeito de processá-lo por tentativa de homicídio”.