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Como vai o Meio Ambiente? - 21/09/2012

“Ao escrever sobre os avanços e conquistas de Pará de Minas na questão ambiental, no último ano, o faço com muito otimismo. 1º, porque sou otimista e procuro sempre ver oportunidades em vez de revezes; 2º, por se tratar de uma edição festiva da GAZETA, celebrando os 153 anos da cidade. Porém, saliento, antes, que este texto é apenas a ponta de um iceberg, uma vez que não é possível discorrer neste pouco espaço sobre tema tão complexo. Tivemos um ano de avanços de alguns órgãos e entidades e isso nos motiva a continuar lutando para que finalmente a questão ambiental tenha a atenção que necessita. Afinal, já se vai longe o tempo em que se pensava que ambientalista só queria cuidar de animais e árvores. O entendimento das relações que temos com o meio ambiente ampliou a visão sobre a questão. Pará de Minas inaugurou o ATERRO SANITÁRIO e a ETE - ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO. Isso nos coloca num seleto grupo de cidades do país que possuem condições de tratar efetivamente seus resíduos; por isso, parabenizo a todos que lutaram para que eles se tornassem realidade. Mas as duas obras não são solução por si só. O manejo de ambas é difícil e determinante para que não sejam um desperdício de dinheiro público. Para que o aterro realize toda a sua potencialidade temos que ampliar a COLETA SELETIVA, manejar o RESÍDUO ORGÂNICO (produzir composto e/ou biogás) e conversar com as empresas para que todos os resíduos tenham o DESTINO ADEQUADO. O aterro só recebe o que não tem nenhum reaproveitamento. A coleta seletiva recebeu uma atenção maior na região central da cidade e isso já nos mostrou diversos outros problemas, a começar pela incapacidade da Ascamp em atender o município. Não que eles sejam incompetentes; é que produzimos muito lixo e, mesmo que se amplie seu galpão, não conseguiriam atender. Já se conversou com alguns setores empresariais e acordaram soluções. Para que a cidade avance mais são necessário mais investimentos. Quanto a ETE, é necessário que toda a cidade tenha a infraestrutura necessária para que o esgoto chegue até ela e eu sei que existem muitas áreas problemáticas. Isso, sem falar no tratamento do esgoto dos distritos. O Codemia evoluiu muito, em função, agilidade e atuação. Pará de Minas hoje cobra compensação ambiental de loteamentos e transforma isso em benefícios para o município como a PROTEÇÃO DAS ÁREAS VERDES, por exemplo, graças à Deliberação Normativa 01/11, criada pelo conselho e incorporada ao Plano Diretor. O conselho criou, em parceria com a Copasa, o VIVEIRO MUNICIPAL para produzir mudas de porte e qualidade adequadas à arborização urbana. Conseguiu e instalou uma ACADEMIA AO AR LIVRE, no bairro Jardim América. Mas, apesar dessas e outras realizações, a cidade está muito longe de exercer toda a sua potencialidade. Precisa avançar muito em estrutura e organização, mesmo levando em consideração o fato de trabalhar exclusivamente com voluntariado. Faço esta crítica na condição de atual presidente do Codema. Outra evolução apresentada pela cidade foi o surgimento de associações ou mesmo de ações isoladas em defesa de questões ambientais, como o PROJETO S.O.S. BICHINHOS e pessoas que se esforçam para manter as praças, as áreas verdes e as árvores. Enfim, a sociedade pará-minense se organiza e age e esse avanço é muito positivo. A Polícia Militar do Meio Ambiente realiza um excelente trabalho que evolui, dia a dia, e avançou bastante neste ano. Realizam PALESTRAS em escolas e eventos, buscam notificar, antes de multar, levam informações corretas a quem precise, procuram sempre aprender sobre as diferentes questões que encontram, participam ativamente do Codema; o cabo Kenede, inclusive, é vice-presidente do conselho. Enfim são aliados da causa ambiental no melhor sentido da palavra. Acredito que nem deveria falar muito da Ama Pangeia para não parecer que estou falando em causa própria, mas ela está tendo um ano muito produtivo, apesar de suas limitações de pessoal e orçamentos. Continuamos com o CERCAMENTO DE NASCENTES (veja as fotos das represas do Bariri); levamos minhocário e composteiras a escolas; atuamos em recuperação e proteção de diversas áreas; levamos propostas ao comitê de bacia, apoiamos diversos projetos apresentados pela comunidade, dentre outros pequenos atos que nos esforçamos, ao máximo, para realizar com competência e seriedade. Vivemos a questão ambiental! Fiz essas considerações para mostrar que Pará de Minas evoluiu neste ano. Ainda há mais para se fazer, mas percebe-se maior envolvimento e ação de todos. O próximo prefeito terá condições de consolidar essa evolução. Afinal, o gestor de meio ambiente do município é a secretaria municipal. É da secretaria que parte a iniciativa de tudo, inclusive de juntar todas as entidades e órgãos para atuarem em conjunto, falando a mesma língua. Temos desafios enormes pela frente, sem falar nas limitações. Portanto, o comprometimento da próxima administração municipal é fundamental. Finalizo, parabenizando a todos que trabalharam e trabalham pela causa e ajudaram a construir até aqui. Cheguei depois, mas aproveito tudo que eles fizeram e ainda aprendo com todos. Espero que no próximo ano não tenhamos um texto otimista, de esperança, mas um texto de realizações maiores, com a participação conjunta de todos e soluções estruturais (sem paliativos)”.

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