Portugal é a Europa que o brasileiro pediu a Deus. É surreal atravessar 8.000KM para desembarcar naquele trecho do continente onde se fala português. Além de desfrutar de suas cidades históricas, praias e gastronomia, entre outras atrações, viajar a Portugal é se entregar ao prazer de identificar nossa origem, o lugar onde tudo começou. Dá para cruzar esse território, de norte a sul, em 7 horas; e, em 3, de leste a oeste. Outro trunfo: a diversidade. Quem roda 1/2 hora viaja no tempo, percebe outra natureza e outro modo de viver. No norte, vive o português de gênio forte. Nas praias do sul, o sol brilha intenso. Cai neve na Serra da Estrela, enquanto o Alentejo é plano. A capital, Lisboa, concentra florestas, o lendário rio Tejo, praias, monumentos de milênios atrás e bairros recuperados com o arrojo moderno. Aqui e ali, um aroma inconfundível, doce ou salgado. E, em toda a parte, o lisboeta boa praça, que ri do estrangeiro atônito pelo que vê ao redor. Lisboa fica na foz do Tejo. No centro, tem 7 colinas e, em cada uma, há um bairro por desvendar. Tudo é perto, mas íngreme. Da vista excepcional da cidade oferecida pelo Castelo de São Jorge você notará o traçado harmonioso da Baixa, obra do Marquês de Pombal, após o terremoto de 1755. Será que todo o planejamento urbano pertence ao passado? Antes de tirar uma conclusão apressada, visite o Chiado e o Parque das Nações. O 1º surgiu após um incêndio, em 1988, e hoje abriga o comércio chique; o outro reanimou a capital degradada em honra da Expo 98. Em ambos, o dedo de um arquiteto, o português Álvaro Siza.