A 2ª reunião dos vereadores, após as eleições, realizada no dia 15, 2ª feira, foi bem mais movimentada do que a 1ª. Além de serem votados alguns projetos, como a da denominação do novo residencial de Pará de Minas (Capanema) foi escolhido também o nome de 12 ruas desse novo bairro. Também foi denominado de Bartolomeu Campos de Queiroz o Centro Infantil do bairro Serra Verde. Porém, o que esquentou a câmara foi o uso da tribuna pela pará-minense Elisângela Tavares, moradora no bairro São Cristovão, como participante do movimento Protesto Copasa. Fique por dentro.
“Esse protesto é contra os preços abusivos que a Copasa vem praticando na cidade. Para tanto, estamos colhendo assinaturas de toda a população. Já temos mais de 3 mil assinaturas e, quando chegarmos a 5.500, elas serão encaminhadas ao Ministério Público, na tentativa de barrar esse aumento abusivo. Estamos pagando por um serviço totalmente ruim. Como pode ser visto, a água na cidade está vindo turva e já existe relatos de pessoas que estão doentes por causa disso. Existe também veterinários informando que animais estão tendo problemas. Todos vão ter que beber água mineral, por causa da Copasa. A que ponto que chegamos? Então, o protesto é esse, contra o aumento abusivo, mas as coisas estão se ampliando mais. Então, vamos montar agora uma comissão para fiscalizar melhor, inclusive a administração da nossa cidade, e o contrato com a Copasa. Queremos transparência, o tempo todo. A população tem de se unir e cobrar dos administradores da cidade, cobrar da Copasa. Desculpem-me a expressão, mas a Copasa está chamando todo mundo de idiota. Todos estamos fazendo o que ela quer. Chega! Vamos nos unir e assinar o abaixo assinado. O protesto também está insatisfeito com o Ministério Público, mas não com a gestão do Delano, que é um ótimo promotor, mas dos anteriores que perdoaram a dívida da Copasa que em 2008 era mais de 3 milhões de reais e foi trocada por um Aterro Sanitário por apenas 1 milhão de reais. E o restante da dívida, segundo a Sônia Naime era para ser construída uma escola de educação ambiental que não foi construída. Mas é bom falar que não estamos contra a Copasa, mas sim contra os serviços prestados por ela. É a mesma coisa que você comprar uma carne estragada. Você vai ficar com a carne? Não! Você vai lá e reclama, troca. Isso não quer dizer que você está contra o dono do frigorífico. Você está buscando apenas o produto de qualidade que você está pagando por ele. Isso é o que queremos da Copasa”, desabafa Elisângela.
FALTA DE RESPEITO - A reportagem GP também ouviu o presidente da câmara, Marcílio de Souza. Veja o que ele disse, em resumo.
“De tudo da reunião de hoje, o mais importante foi uso da tribuna por Elisângela Tavares, mais um cidadão mostrando a sua indignação com o aumento abusivo das taxas da Copasa e sua má prestação de serviço na cidade. Nós, vereadores, também estamos preocupados e esse projeto, talvez, fosse votado ainda neste ano, mas agora pode ser rejeitado, por essa causa. Eu votaria contra o contrato da Copasa, mas conversas podem acontecer e haver negociações entre Copasa e a cidade. O município assumir esse serviço hoje, talvez seja difícil, mas há outras empresas que podem vir trabalhar aqui. Se o Antônio Júlio tomar posse como prefeito, falando que tem condições do município tocar a água e o tratamento da rede de esgoto, com certeza eu votarei contra a Copasa. Mas esperamos renegociar com a Copasa. Pedimos para a Copasa informação sobre o lucro real dela na cidade, mas ela não repassou. Isso é uma falta de respeito! Quando você vai falar dos 90% que ela está cobrando, eles falam que esse percentual é feito em toda Minas Gerais e que Pará de Minas não pode ser diferente. Mas ela vai ter essa dificuldade até o final, porque não pensem eles que nós seremos vencidos pelo cansaço. De forma alguma, isso vai acontecer”, esbraveja Marcílio.