Nascido em Portugal, no ano de 1899, Júlio Leitão veio para o Brasil com 10 anos de idade. Naturalizado brasileiro, radicou-se na Zona da Mata, onde morou em várias cidades como Ubá, Leopoldina, Pirapitinga, etc. Exerceu a profissão de comerciante, contabilista, cirurgião-dentista e farmacêutico. Formado em odontologia e farmácia na extinta Escola de Farmácia de Ubá, no início dos anos 30. Casado com Laurentina Vieira, apelidada de Pequenina, veio radicar-se em Pará de Minas, no ano de 1933, onde se estabeleceu como farmacêutico, onde fundou a Farmácia Cruzeiro. Teve 8 filhos: Jurandir (in memorian), Heleno (in memorian), Ivan (in memorian), Léa (in memorian), Gessy (in memorian), René (in memorian), Kléber e Cléa. Sua esposa, Pequenina, faleceu em 1983, e Júlio foi a seu encontro, logo em seguida, em 1985. Em Pará de Minas além de farmacêutico, exerceu, ao mesmo tempo, a profissão de bancário, sendo o 1º gerente da agência do Banco Mineiro da Produção que passou a chamar Banco do Estado de Minas Gerais, Bemge. Foi um dos fundadores do Grupo de Fraternidade Espírita Antônio de Pádua, em 1958, situado na rua Coronel João Alves. Ali, dedicou sua vida até a morte, em prol da divulgação da doutrina espírita e do amor ao próximo, seguindo o lema do espiritismo: Fora da Caridade Não Há Salvação. Júlio Leitão, pessoa com extrema facilidade para fazer amigos, granjeou em Pará de Minas por todas as camadas sociais o respeito pela sua figura como homem de caráter reto, tendo sido agraciado pela Câmara Municipal de Pará de Minas com o título de Cidadão Pará-minense. Trabalhou muito na política, mas nunca concorreu a cargos. Era um cabo eleitoral disputado. Quem teve a oportunidade de conviver com ele jamais se esquecerá de sua grande figura e de seu espírito caridoso em prol da pobreza.