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Aversão aos homossexuais - 26/10/2012

Na noite do dia 18, 5ª feira, no Caic, bairro Santa Edwiges, a Escola Estadual Avanny Villena Diniz deu um show, através de sua diretora Márcia Aparecida Souza Santos, ao receber o Grande Papo de nº 186 com o polêmico tema da Homofobia. Na abertura, Humberto Martins e Gabriela Marra subiram ao palco para cantar músicas da MPB e cantaram bonito. Logo em seguida, o condutor deste que é o mais tradicional evento cultural de Pará de Minas, jornalista Bié Barbosa, deu início ao debate, convidando a psicóloga Mariza Lara e o casal Leonardo Felipe e Raul Johny para debaterem sobre o polêmico assunto. A cada fala pronunciada no palco, a plateia assistia atenta e silenciosamente e, depois, enviou para os debatedores um turbilhão de esclarecedoras perguntas. No fim do evento, foi realizado o animado Ganha Prêmio com brindes oferecidos pela CTBC e Itambé. Após o caloroso e esclarecedor debate, a reportagem GP conversou com os 3. Fique por dentro. RAUL - “Foi muito bom participar deste Grande Papo, pois é mais um modo de aprendizagem e também uma oportunidade pra gente passar para as pessoas um pouco do nosso mundo. Espero que todos tenham entendido que a gente falou e aprendam a evoluir e respeitar o espaço dos outros. Hoje em dia, eu vejo a homofobia de forma mais tranquila... antes, era muito mais. Antes quando a gente se assumia homossexual, recebíamos muito mais preconceito. Hoje, está mais tranquilo, mas ainda existe. Particularmente, acho nojento quem tem preconceito, pois temos que aprender a respeitar o espaço dos outros”. LEONARDO - “Hoje em dia 50% dos preconceitos melhoraram, mas ainda faltam os 50% o que ainda é muito, mas nós vamos lutar por isso. Para melhorar, falta mais aprendizagem, mais diálogos e mais conversa. Hoje, aqui no Grande Papo, foi ótimo poder passar um pouco da nossa vida para os outros para eles verem que ser gay não é doença... nós somos, sim, pessoas normais” afirma Leonardo Felipe. MARIZA - “Foi com satisfação que atendi ao convite da GAZETA, para ser debatedora neste Grande Papo. Foi enriquecedor perceber que o fenômeno homofobia e suas implicações saem do ambiente restrito familiar e vem para os meios acadêmicos. Cuidamos para que discussões sobre a homossexualidade não se transformasse em objeto preferencial de estudo. E sim as razões que levam a essa forma de escolha sexual, transformada em objeto de rejeição, aversão e ódio por algumas pessoas. Os homofóbicos têm como particularidade fortes emoções diante da presença do homossexual. Reconhecendo-os como portadores de transtornos, coisa proibida, suja ou pecaminosa. Normalmente promovem - de formas sutis ou explícitas - perseguições, maus tratos, violência física e até assassinatos. Normalmente, são pessoas criadas em ambientes muito rígidos, de intolerância, e insistem em não compreender o homossexual como cidadão comum, sujeito de escolhas, tão legítimos como o heterossexual. No entanto, uma vez que o Brasil mantém a fama de ser um país tolerante, como se justifica as frequentes manifestações violentas contra as pessoas da comunidade LGBTT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transsexuais? Os homofóbicos não compreenderam que, a partir da década de 70, as principais organizações mundiais não mais consideraram a homossexualidade uma doença, distúrbio ou perversão. E que em 1991, a Anistia Internacional passa a considerar a discriminação contra homossexuais uma violação aos direitos humanos. Como também, em 2010, por decreto da presidência da República, ficou estabelecido a finalidade do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de LGBTT. Assim, os homossexuais puderam, sob a luz da lei, ter o reconhecimento da sua identidade sexual com os mesmos direitos auferidos aos heterossexuais. Por tanto, de acordo com essas conquistas, torna-se fundamental que alguns elementos da sociedade façam uma reversão do seu entendimento. E que passem a reconhecer os homossexuais como pessoas de igual direito. Direito à vida e à integridade social”. * O 187º Grande Papo, o último deste ano, será realizado na noite de 8 de novembro, na escola Estadual Manoel Batista com o tema Profissões.

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