Na edição GP de nº 1426, a matéria Seguindo os Passos de Cristo mostrou um grupo de 48 pessoas da terra e de Belo Horizonte que saiu da cidade rumo a Terra Santa/Jerusalém. De volta a cidade, os organizadores dessa viagem, o casal Ari Araújo Júnior e Luciana Grassi, estiveram na sede da GAZETA, onde relataram sobre tudo que eles vivenciaram nessa viagem. Fique por dentro dos melhores momentos.
“De Pará de Minas fomos para São Paulo, onde dormimos. De lá, voamos para Madrid/Espanha e, depois, para Telavive (2ª maior cidade de Israel), onde já tinha um guia nos esperando”, resume Júnior.
ALIMENTAÇÃO - * Ao chegar em Jerusalém (capital de Israel), fomos recepcionados com uma tâmara. A tamareira parece um coqueiro e dá nas ruas, mas se ela nascer no deserto, mais doce ela é. Nos recepcionam com essa fruta que eu trouxe algumas, mas deveria ter trazido mais. Me impressionei também com os tomates, as bananas, porque tudo é dado, onde já foi deserto. Não existe agrotóxico nas plantas deles que, por sinal, eles exportam. * A 1ª carne que comemos lá foi de frango. Viajando, você vê, nas estradas, os galpões de frango, igualzinho aqui, em Pará de Minas. * Mas eles também comem carne de boi, muito de peixe e queijo também. Carne de porco eles não produzem. Os gostos são os mesmos, mas o tempero é diferente; mais forte e picante. * O café da manhã deles são salada, pimentão, pepino, essas coisas fortes. Tem também o Pão de Pita (tipo Pão Sírio), salgado e doce, que eles comem com patê de grão de bico. * No almoço, eles também comem isso com muita salada. O arroz não é igual ao nosso, porque sempre tem nele algum complemento, como lentilha. Feijão eu não vi por lá”, revela Luciana.
ÁGUA - “Água para eles é uma coisa muito séria. 75% da água deles, de banheiro, de esgosto ou de cozinha, é reaproveitada. Não para consumo humano, mas para a plantação e animais. Eles tem um sistema de irrigação nas ruas, jardins, nas plantações dos desertos. Você vê as gomeirinhas no sistema de gotejamento. Nos encantou demais, e que é bíblico, é que a gente vê nitidamente que realmente o deserto floresceu como flores por todos os lados. É tudo verde e maravilhoso”!
DINHEIRO – “* O salário mínimo de Israel hoje gira em torno de 1.500 dólares. A pessoa que está desempregada no país recebe do governo U$ 800,00. * A moeda do país se chama shekel e não é muito valorizada. Eles gostam mesmo é de dólar, euro e até do real (riso), porque um vendedor na rua aceitou nosso dinheiro”.
MAR MORTO - “Em Massada, no Mar Morto, eles falaram que debaixo do mar Morto está Somorra e Gomorra, cidade destruída por Jesus, por causa da prostituição e da vida errada que eles levavam. Como Jesus falou que ali nunca mais haveria vida, hoje só tem o Mar Morto. Os produtos do Mar Morto são para beleza, sais minerais e para cura também. O mar é tão salgado que você não se afunda; fica só boiando, por causa do sal. O sal não é esse sal de cozinha; é um sal que, quando é tirado da água, vira pedra. Impressionante”.
CAMINHO DE JESUS - “Fiquei muito surpresa, quando a gente andou nos caminhos que Jesus percorreu. É de impressionar o tanto que Este homem andou naquele deserto. Mas ele andou demais mesmo. * Celebramos missa todos os dias. Eram missas rápidas, mas muito bacanas e abençoada”...
ARCO ÍRIS - “Essa viagem foi uma coisa que sonhamos e idealizamos por sermos católicos, fazermos parte da igreja e dos encontros de casais. O padre Moacir, que além de ser um padre maravilhoso, é nosso amigo, foi conosco. Foi uma viagem que me surpreendeu em muitas coisas. Na 1ª noite Telavive, quando acordei e abri a janela, Deus me deu uma prova, mais do que lógica de que Ele existe, porque havia um arco-iris bem na frente do meu quarto e poucas pessoas do grupo o viram. Era um arco-iris tão perfeito e lindo com todas as cores bem nítidas... Eu nunca vi nada igual na minha vida. Nesse momento, eu me ajoelhei e agradeci a Deus, comprovando o tanto que Deus é perfeito na minha vida. Claro que eu sei que Ele sempre existiu e sempre esteve em minha vida, mas que aquela viagem foi escolhida e as pessoas que foram também foram escolhidas por Deus”.
RENOVAÇÃO - * “No rio Jordão nós refizemos o nosso batismo. O padre Moacir entrou no rio com a gente e jogou água nas nossas cabeças. No Mar da Galileia, ele fez a renovação dos votos matrimoniais de todos os casais que estavam lá”, diz Júnior.
CURIOSIDADES - * “O comércio deles é um pouco bagunçado; um chama daqui, outro mulçulmano chama dali; quando eles percebem que são turistas de outra religião é que eles chamam mesmo, seja para vender, escutar as músicas deles, rezar em outras línguas, chamar a atenção da gente só para o comércio. Porém, padre Moacir conversou muito com a gente, antes, sobre isso, e, graças a Deus, nosso grupo fez, do início ao fim, toda a via dolorosa de Jesus com muita fé e respeito e ninguém entrou em loja. Só no final de tudo. * Lá, vi tudo bem ao contrário do que é falado aqui no Brasil, sobre essa questão das Guerras. * Nós, o tempo todo, somos valorizados por eles como turistas. * Lá não existe furtos e roubos. O Júnior, por exemplo, esqueceu a bolsa dele para trás, quando estávamos indo para o Muro das Lamentações. À tarde, fomos lá procurar por ela e a bolsa estava no mesmo lugar, intacta. * Raríssimo ver moradores de rua e pobreza. * Existe lá um bairro só de judeus ortodoxos que usam aquela roupa toda preta; não há cor na roupa deles, só preto e branco. Eles não assistem televisão, rádio, nem internet. Eles vivem como se fosse no passado. * Os enamorados ficam só em lugar público, para a namorada não ficar mal faladas. Ficam um pouco afastados, apenas conversando e sempre em lugar público para as pessoas verem se o moço não está encostando nela. Não pode ter contato físico nenhum”, contam, hora Luciana, hora Júnior.